Com cerca de 70% da geração de origem hidráulica, o país precisou recorrer a energias não renováveis para evitar o retorno do racionamento em razão da longa estiagem de 2012. Mas essa realidade, aliada à tendência de ampliar a oferta ao sistema interligado de eletricidade mediante fontes variadas, e a preços competitivos, está impulsionando tanto projetos “verdes” de usinas eólicas (ventos) e solares quanto os que ressuscitam o até agora isolado carvão mineral, explorado nas minas da Região Sul.
Depois de sujar a matriz energética, considerada a mais limpa do planeta, com o emprego intensivo de usinas térmicas a gás, a óleo e a carvão, o país ficou mais aberto à concorrência de produtos energéticos.
A energia eólica já é a segunda fonte mais competitiva do país, superada apenas pela hidreletricidade. Se o patamar de contratação ficar na casa do 2 gigawatts (GW) de parques por ano, a tendência é de que a cadeia produtiva continue se consolidando no Brasil. Em meio a um ambiente cada vez mais competitivo, os investidores que apostarem no ganho de escala terão mais chance de garantir sua lucratividade, apesar da pressão atual dos custos.