Valério Mesquita*
Joseph Blatter, passou 14 anos à frente da presidência da Fifa. Caiu. Caiu porque demorou muito tempo. O Poder corrompe. A Fifa é um condomínio de luxo, de padrão internacional. Aliás, luxo e lixo, são situações que longe de se oporem no significado, muitas vezes com 14 anos, o lixo também enriquece. Quando a equipe é boa e bem remunerada, a corrupção vence o medo. E os ministérios público e privado.
Quando alguém se hospeda por muitas fases no Poder, sob o império da submissão, nunca mais vai recuperar a tranquilidade. A ambição de ser líder e governar por muito tempo deve ensinar ao está sempre de pé, que cuide para não cair. “O choro dos que são perseguidos pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”. O “mensalão”, atividade manipuladora do governo sobre os parlamentares, durou um certo tempo e quando foi descoberto botou muitos políticos na prisão e destruiu muitas reputações. Depois, aconteceu o escândalo da Petrobrás (lava jato) que abalou os brasileiros e o mundo. Nesses proprinadutos, ficou evidenciado que nenhum malefício da gestão pública ficará encoberto por muito tempo sem que um dia, por fim, seja revelado.
Até para se safar das fichas sujas, candidatos usam meios escusos e subreptícios para validarem suas ambições de mando. A política virou moeda de troca, de mercadoria, de compra e venda de cargos comissionados. Jogo de interesses camuflados na base de “sorrisos aqui punhais escondem”. Política “vale quanto pesa”. Blatter fez isso para manter com ele uma quadrilha de executivos bem remunerados. E o torcedor? O torcedor é mesmo que eleitor. Que se lixem os dois. O povo gosta mesmo é de futebol, ora bolas! O jornalista Nelson Rodrigues dizia que o “povo só se levanta pra gritar gol!”. Será?
É voz corrente, que certos gestores podem enganar o povo por um certo tempo mais nunca pela vida toda. O povo hoje, é um pássaro estrangulado no canto. O Hospital Regional Alfredo Mesquita Filho continua fechado para o nascimento de macaibenses. O painel social de Macaíba é perverso. Só há empregos para aqueles que vendem o caráter e com ele o voto. Virou imperativo para o povo agir agora com audácia, ousadia, rompendo os grilhões da escravatura dos anos, do cativeiro do ódio, visando o sentimento nativista de votar e ser votado, pela emancipação de nossa cidadania e pelo resgate da nossa história porque aqui é a nossa terra. Terra dos nossos pais, terra das nossas famílias, cujos nomes estão registrados nos cartórios e nas certidões batismais.
(*)Valério Mesquita – Escritor e Presidente do IHGRN – [email protected]
