Hoje, peço licença aos leitores para abordar um assunto de natureza política e social, que me diz respeito. Algumas pessoas em Macaíba, alimentam contra mim, ao longo de certo tempo, uma imbecilidade determinada de protesto. Absorvi essas frustrações atribuindo-as às derrotas sucessivas que sofreram no passado. Pensei, também, na falta completa de amadurecimento cultural, de educação, política, porque elas sempre conduzem as suas ações e revoltas contra mim para o plano pessoal, emocional. Costumam sempre me culpar ou me fazer autor de qualquer fato negativo que aconteça no município. Nunca, jamais, realçam as coisas positivas que empreendi em favor de minha terra. Para elas sou réu de crimes imaginários.
Como ex-líder político, prefeito, deputado estadual por quatro legislaturas, recebi do povo, com a graça de Deus, a oportunidade de trazer inúmeros benefícios para Macaíba. Mas a trave no olho do homem mau impede de ver muitas coisas. O homem de má fé anda, passa, pisa, se beneficia de tudo aquilo de bem que eu fui responsável, mas não enxerga nem fala. É cego e mudo. E ruim, também.
No plano habitacional fui o protagonista da implantação de todos os conjuntos habitacionais da cidade, de mais de 70% da eletrificação rural do município, da pavimentação das estradas Natal/Macaíba, via Mangabeira, Macaíba/Serrinha e Macaíba/São Gonçalo. O homem complexado e confuso, não proclama que construí o Centro de Abastecimento, a Praça da Saudade, reivindiquei a TELERN para a cidade e o interior, a estação rodoviária, a 3a Companhia de policiamento do interior e o DETRAN. O homem malvado e recalcado, não vê a restauração do Solar do Ferreiro Torto, relíquia histórica de Macaíba, a construção das escolas Alfredo Mesquita, Henrique Castriciano, Otacílio Alecrim, o Edurural de Trairas, inicio do Colégio Dr. Severiano e o CAIC Jessé Freire Filho, hoje abandonado.
O
homem equivocado e ignorante não observa ali perto o Hospital Alfredo Mesquita e os recursos que ajudei conseguir em Brasília, ao lado de Odiléia Mércia para construir o Novo Mercado Público e calçar as ruas Dinarte Mariz, Olímpio Maciel, Castelo Branco, Campo da Mangueira, Aluízio Moura, Prudente de Morais, Paulo Mesquita, Clóvis Jordão de Andrade, Heráclito Vilar, Eloy de Souza, entre outras.
O sujeito apalermado e analfabeto teima em não considerar que obtive o reconhecimento do ensino do 2o Grau do Colégio Dr. Severiano, da implantação do ensino de 2o Grau em Traíras e a ampliação da rede de abastecimento d’água da cidade e dos chafarizes dos distritos de Lagoa do Sítio, Riacho do Feijão e Capoeiras. A fidelidade que guardo ao povo, principalmente dos mais humildes, atendendo-os sempre, além de uma centena de tantas outras coisas, as quais nem me lembro mais. Para finalizar, fui o autor do projeto do 1o Distrito Industrial de Macaíba desde 1974, que foi instalado na estrada Macaíba/Parnamirim. Forças poderosas transferiram para outros municípios por interesses imobiliários. A luta continuou com o terreno da ZPE que não veio. Mas, veio, enfim, no governo Garibaldi Filho, a criação oficial do Distrito Industrial de Macaíba por nossa luta e, com certeza, se Deus quiser, chegarão as indústrias, os empregos. Trazer uma indústria para um município, não é igual a uma escola, um posto de saúde.
O homem ingrato e odiento, sabe mas não quer dizer, que o processo de industrialização de uma cidade, passa por um processo de maturação, da política econômica do governo federal, da estrutura existente, da parceria do governo e não depende exclusivamente de um sonho isolado e só, ou, de uma voz rouca perdida num deserto.
Hoje, peço a restauração dos Guarapes, a retirada dos manguezais do perímetro urbano e cultural da cidade, com a recuperação da praça Antônio de Melo Siqueira e do parque José Varela.
Valério Mesquita – Escritor, [email protected]
