A IMPORTÂNCIA DE SE MANTER ATIVO A SERVIÇO DO BEM –

Neste orbe, testemunha-se almas que, ao alcançarem certa estabilidade econômica, se permitem à acomodação, entregando-se à inércia da rotina cotidiana. Mesmo possuidoras de uma índole pura e de comportamento honrado, não percebem o mal silencioso que causam a si próprias ao limitarem seus passos aos estreitos caminhos da zona de conforto.

Na jornada rumo ao autoconhecimento, é imprescindível buscar o sentido maior da existência, compreender o motivo de estar revestido em um corpo carnal e desvelar o verdadeiro propósito de sua passagem terrena.

A estabilidade econômica, muitas vezes confundida com plenitude, não é a solução final; é apenas um meio de sustento para o físico e, por vezes, um breve conforto. O verdadeiro tesouro está no servir, no multiplicar os talentos recebidos.

Nosso Redentor, o Cristo-Jesus, ao se dirigir àqueles que se acomodam, esquecendo-se de sua missão espiritual, utiliza parábolas e metáforas para ilustrar a necessidade de frutificar os dons recebidos:

“Pois será também como um homem que, ao sair de viagem, chamou os seus servos e entregou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos; a outro, dois; e a outro, um — a cada um conforme a sua capacidade. E partiu de viagem. Aquele que recebeu cinco talentos, de imediato, aplicou-os e lucrou outros cinco. Do mesmo modo, o que tinha recebido dois, ganhou outros dois. Mas o que recebeu um, cavou um buraco no chão e escondeu o dinheiro do seu senhor.

Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles. Aproximando-se o que recebera cinco talentos, trouxe outros cinco, dizendo: ‘Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei’.

Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Foste fie no pouco, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do teu senhor!’

Chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: ‘Senhor, entregaste-me dois talentos; eis aqui outros dois que ganhei’.

Disse-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do teu senhor!’

Porém, aproximando-se o que tinha recebido um talento, disse: ‘Senhor, sabendo que és um homem rigoroso, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste, temendo, escondi o teu talento na terra. Aqui tens o que é teu’.

Respondendo, porém, o senhor lhe disse: ‘Servo mau e negligente! Sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Portanto, devias ter confiado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu voltasse, o receberia com juros.

Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez. Pois a todo aquele que tem, será dado, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. E lançai o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes’.”

Em verdade vos digo:
Toda alma que manifesta vida neste plano carnal traz em si uma missão divina.
Missão de ser um bom pai, uma mãe amorosa, um irmão fraternal, um amigo leal e, acima de tudo, sentir-se um filho de Deus.

A vida terrena é uma escola de aprendizados sublimes e experiências edificantes. Aqui, descobre-se que cada um é o reflexo dos seus pensamentos e das suas ações. Pelas quedas, aprende-se a caminhar com mais firmeza; pelos tropeços, desenvolve-se o olhar atento; e, pela iluminação, reconhece-se o valor de se entregar aos desígnios do Criador, vivenciando as boas obras com humildade e gratidão.

Não se pode neutralizar, acomodar ou limitar-se diante da imensidão do propósito divino.
Somos espíritos imortais, dotados de potencialidades infinitas, chamados a frutificar os talentos recebidos e a multiplicar o bem em cada ato, em cada palavra, em cada pensamento.

Medite e reflita sobre isso.

 

 

 

 

Arca da Sagrada Aliança – Movimento Cristão

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