A GUERRA ISRAEL x IRAN –
O regime iraniano, sob domínio dos aiatolás desde a Revolução Islâmica de 1979, tem se consolidado como uma teocracia autoritária que impõe severas restrições à liberdade individual, oprime minorias e sufoca qualquer oposição interna. O povo iraniano vive sob vigilância constante, com repressão violenta e com mortes a protestos, prisões arbitrárias, censura e punições brutais, especialmente contra mulheres, estudantes homossexuais e defensores dos direitos humanos.
Além da tirania doméstica, o regime iraniano projeta sua ideologia extremista no exterior, sendo o principal fomentador do terrorismo no Oriente Médio. O Irã financia, treina e arma grupos terroristas como o Hezbollah no Líbano, o Hamas em Gaza, as milícias no Iraque, sustentou o governo de Assad na Síria e os Houthis no Iêmen — organizações que compartilham o objetivo declarado de destruir Israel. Esses braços armados do Irã promovem há décadas ataques contra civis, lançam mísseis e semeiam instabilidade, agindo como satélites de Teerã para enfraquecer e cercar o Estado Israelense.
Paralelamente, o Irã persegue há anos o desenvolvimento de armas nucleares e, apesar das negativas oficiais, há indícios claros e constantes de enriquecimento de urânio em níveis incompatíveis com fins pacíficos. Pois eles já se encontram em níveis altíssimos (60%). O discurso dos líderes iranianos, tanto dos aiatolás quanto dos presidentes, tem sido consistente ao longo das décadas: Israel deve ser “varrido do mapa”. Tal ameaça, vinda de um regime com histórico de agressão e de apoio ao terrorismo, não pode ser ignorada.
Diante desse cenário, Israel não apenas tem o direito, mas o dever de se defender. Atuar preventivamente para desmantelar a infraestrutura bélica e nuclear do Irã é uma medida legítima de autodefesa. Ignorar as ameaças explícitas seria colocar a existência do povo israelense em risco. O mundo deve reconhecer que, neste caso, a firmeza israelense é uma resposta necessária à tirania e ao terror. E este reconhecimento passa a ser também uma arma de defesa dos países civilizados contra um regime que não apenas pretende destruir Israel mas alastrar este terrorismo a todo o ocidente.
É absolutamente inaceitável e moralmente indefensável que o governo Lula, em nome de uma suposta neutralidade ou alinhamento geopolítico, adote uma postura de aproximação ou simpatia em relação ao regime dos aiatolás no Irã. Ao fazê-lo, o Brasil compromete seus valores democráticos, fecha os olhos para a opressão brutal de um povo que sofre há décadas e, pior ainda, relativiza o terrorismo praticado por grupos financiados por Teerã. Ao apoiar ou justificar o regime iraniano, o governo brasileiro se afasta do mundo livre e democrático, e envia uma mensagem perigosa de conivência com ditaduras que promovem a guerra, o extremismo religioso e o antissemitismo. Para quem não acreditava no poder bélico de Israel, saibam que em apenas cinco dias, o Irã já sabe que perdeu a guerra contra seu maior inimigo. Só não se rendeu porque seria o fim desse regime maléfico.
Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel
