
Um novo retrato dos cursos de graduação no Brasil mostra que somente uma minoria dos avaliados pelo Ministério da Educação (MEC) em 2015 alcançou as notas máximas. Além disso, nos últimos quatro anos, se manteve estável o total de cursos com resultados insatisfatórios. De acordo com um dos cenários, 11,3% dos cursos ficaram com as notas mais baixas (1 e 2) e somente 1,2% alcançaram nota 5, a máxima possível.
A presidente do Inep, Maria Inês Fini, acredita que o retrato que sai da avaliação é que “temos uma grande maioria de universidades que está num patamar bom.” Segundo ela, a concentração de nota 3 “não indica uma mediocridade, mas um patamar bom”.
Os dados divulgados pelo MEC nesta quarta-feira (8) tomam por base as provas do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2015, a mais recente da série, e também outros dados coletados pelo governo federal.
Ao todo, o ministério divulgou nesta manhã três indicadores, todos baseados de alguma forma no Enade. São eles:
- Conceito Enade (CE) – baseado exclusivamente no resultado da prova que avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação, em relação aos conteúdos programáticos, habilidades e competências adquiridas em sua formação.
- Conceito Preliminar do Curso (CPC) – Considera o desempenho dos estudantes no Enade, além de corpo docente, infraestrutura, recursos didático-pedagógicos e demais itens.
- Índice Geral de Cursos (IGC) – Considera uma média ponderada das notas dos cursos de graduação no CPC e da avaliação dos cursos pós-graduação de cada instituição junto a Capes.
De acordo com cada caso, cursos com notas insatisfatórias podem receber sanções do MEC. Uma delas é o impedimento da abertura de novas vagas ou de fechamento de parcerias com Prouni ou Fies.
O Secretário da Educação Superior, Paulo Barone, disse nesta quarta-feira, durante coletiva em Brasília, que estão mantidas as suspensões na participação de programas do governo federal para essas instituições com indicadores insuficientes.
Fonte: G1