NOITE ENLUARADA – 

Escuto o som da noite através do brilho da lua que resplandece no dorso do mar,
onde se mistura ao vento leste e chega em ondas suavizadas por uma maré lenta, ritmada, no seu eterno e terno vai e vem…

Nas dunas ao lado, a lua reflete em seus morros, revelando seus contornos onde árvores ganham formas diversas e as vezes assustadoras, fantasmagóricas.

Na quietude e balançar da minha rede, fico lembrando da caminhada feita hoje na beira-mar, onde vi pescadores exercendo sua função na expectativa e esperança de rede farta mas , pelo visto hoje foi o dia da pesca, pois os peixes não caíram nas redes para desgosto dos pescadores.

Aqui no meu cantinho à beira- mar, tento fugir,me esconder dessa maldita pandemia e nem lembrar que existe, muito embora a imprensa não nos deixe esquecer.

Nos canais de tvs aberta ou fechada a carnificina é manchete durante vinte e quatro horas, tem momentos que assustam, noutros vira lugar comum.

Talvez seja essa a única forma de nos lembrar dessa virose, pois o governo não está nem aí em matéria de prevenção ou alerta para população.

Já que o governo não toma uma atitude de nos informar sobre esta pandemia a mídia vai fazendo esse papel, ainda bem!

A lua já está alta e sua claridade faz a noite ficar mais bonita, me lembrando de um passado onde as noites enluaradas eram motivos de conversas, brincadeiras, adivinhações e namoros nos alpendres desse meu Agreste amado.

Absorto em minhas saudades sou transportado para o presente por um quero -quero cantante, vai ver que está a cantar para sua amada encantar, assim como eu fazia nos alpendres da minha vida em noites enluaradas.

” A poesia serve sim”

SAUDADE QUE ACALANTA

No Agreste do meu passado
Lua cheia era motivo
Para ficar enamorado
Lembro hoje como lenitivo

Eram tempos diferentes
Chás eram a nossa cura
Não havia essa pandemia
Hoje a vida está preta, escura

O viver desbotou
Na aquarela da existência
Que a natureza rabiscou
A Deus rogamos clemência

Mas, temos esperanças
Vacinas estão chegando
Logo,logo isto cessará
Num tempo que vai passando

Entre as tristezas momentâneas
E a esperança no amanhã
Aposto no porvir
Na natureza, leve, livre e sã

 

 

 

 

José Alberto Maciel Oliveira – Representante comercial aposentado

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
Ponto de Vista

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