O presidente interino Michel Temer (PMDB) quer começar a próxima semana amenizando problemas. Quem esperava o anúncio de medidas de impacto, terá que esperar um pouco mais. A nova equipe de ministros pisa em ovos para não estragar o clima positivo criado com a troca de comando do Planalto. Os detalhes virão nas próximas semanas, mas já geraram expectativas.
Na segunda-feira, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles (PSDB-GO) anunciará o comando do Banco Central. Ilan Goldfajn é o nome mais cotado. A tendência do ministro é trocar em breve tambéma presidência do BNDES. Em relação à Petrobras, pivô da Operação Lava Jato, o atual presidente, Aldemir Bendine fica até segunda ordem, mas deve ser substituído até o fim do ano. “A coisa é psicológica, tem que começar. Se você começar, as expectativas começam a reverter, PIB começa a melhorar e a arrecadação melhora também”, explicou o economista Roberto Macedo.
O governo, no entanto, terá que agir rápido, porque as despesas seguem bem maiores que as receitas. Em março, o governo da presidente afastada Dilma Rousseff mandou ao Congresso pedido de autorização para fechar o ano com um déficit de R$ 96 bilhões, mas esse rombo não inclui ainda outras despesas bilionárias, como a renegociação da dívida dos estados, que deve custar R$ 8 bilhões neste ano, além dos restos a pagar. “O governo precisará reavaliar essa questão dos déficits lembrando que temos R$ 230 bilhões em restos a pagar que concorrem com o orçamento do ano”, aponta ministro da Saúde Ricardo Barros (PP-PR).
A situação é tão séria, segundo o novo governo, que se não forem tomadas medidas para reduzir o endividamento a União terá dificuldade para pagar o salário dos funcionários, como já acontece com alguns estados. O ex-presidente do BNDES Luiz Carlos Mendonça de Barros diz que a prioridade neste ano não deveria ser aumento de impostos, mas sim a aprovação da DRU (Desvinculação das Receitas da União). Como o orçamento é amarrado com despesas obrigatórias, a DRU permitiria ao governo gastar 30% do orçamento livremente. A proposta de prorrogação da DRU está parada no Congresso desde o ano passado e o legislativo vai ser o fiel da balança para boa parte dos projetos de Temer, que precisam de aprovação dos parlamentares.
No caso de mudanças na Constituição, são necessários três quintos na Câmara, o que representa 308 deputados votando com o novo governo. A composição do ministério, com muitos políticos e representantes de partidos que apoiam o impeachment da presidente Dilma, deve garantir essa maioria folgada pelo menos no início. “O Congresso está ansioso para receber essas propostas, para diminuir os problemas de desemprego e econômico do país”, afirmou Beto Mansur (PRB-SP)
Além dos políticos, Michel Temer e seus auxiliares terão que conquistar a confiança de quem faz a economia andar: os empresários e investidores. Na sexta-feira, o presidente interino já editou medida provisória criando o PPI (Programa de Parceria de Investimentos). O objetivo é destravar projetos de infraestrutura, indispensáveis para a volta do crescimento econômico do país. Uma secretaria ligada ao presidente foi criada para cuidar disso, sob comando do ex-governador Moreira Franco.
DÓLAR COMERCIAL: R$ 5,2970 DÓLAR TURISMO: R$ 5,5030 EURO: R$ 6,1830 LIBRA: R$ 7,0830 PESO…
O Rodoanel foi liberado após um acidente envolvendo cinco carretas na manhã desta quinta-feira (4) provocar o bloqueio…
A prova discursiva da segunda edição do Concurso Nacional Unificado, aplicada neste domingo (7), é uma…
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil variou 0,1% no terceiro trimestre de 2025, informou o…
Pacientes da Maternidade Escola Januário Cicco, ligada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte,…
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu, nesta quinta-feira (4), a 6ª plenária…
This website uses cookies.