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Sete em cada 10 potiguares vivem com até um salário mínimo, diz IBGE

Mais de 70% da população do RN vive com até um salário mínimo, segundo o IBGE (arquivo) — Foto: Igor Jácome/g1

Sete em cada 10 potiguares viviam com até um salário mínimo em 2024, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o órgão, 70,10% da população vivia nessa condição, uma redução de 5,91 pontos percentuais na comparação com 2023, quando o percentual era de 76,01%.

O número do estado ficou abaixo da média da Região Nordeste (73,23%), mas muito acima da média nacional (53,41%).

De acordo com o IBGE, 23,1% da população potiguar vivia com rendimento per capital (por pessoa) entre um quarto até meio salário mínimo.

A maior parte da população potiguar, ou 35,4%, tinha um rendimento domiciliar (por pessoa) de mais de metade até um salário.

Por outro lado, 28,5% dos potiguares viviam com renda de mais de 1 salário mínimo em 2024, sendo que 16,6% estavam na classe de mais de 1 a 2 salários.

Apenas 2,2% da população tinha rendimento de mais de 5 salários mínimos.

 

O levantamento mostra também uma diminuição no percentual de pessoas sem rendimento, que ficou em 0,9% em 2024. No ano anterior, 1,3% dos potiguares faziam parte dessa classe.

Pobreza recua e atinge menos de 40% dos potiguares pela 1ª vez

Em 2024, 33,5% da população do Rio Grande do Norte vivia com rendimento domiciliar per capita abaixo da linha de pobreza. Essa a primeira vez na série histórica, iniciada em 2012, que o número fica abaixo dos 40%.

Em 2023, a pobreza atingia 43,8% dos potiguares, indicando uma redução de 10,3 pontos percentuais em um ano. Em 10 anos, a redução foi 14,6 pontos. Com o resultado, o estado potiguar manteve-se com a menor proporção de população pobre do Nordeste no último ano.

Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2025, divulgada pelo IBGE. A publicação considera a linha de pobreza adotada pelo Banco Mundial segundo o Poder de Paridade de Compra (PPC), que é de US$ 6,85 PPC por dia ou R$ 692 por mês para o RN.

Já o percentual de potiguares abaixo da linha de extrema pobreza caiu para 5,2% em 2024, ante os 6,4% do ano anterior.

Seguindo a metodologia do Banco Mundial, foram considerados extremamente pobres as pessoas com rendimento domiciliar per capita de US$ 2,15 PPC por dia ou R$ 217 por mês para o RN.

Na Região Metropolitana de Natal, 25,7% da população estava abaixo da linha de pobreza e 5,1% estava abaixa da linha de extrema pobreza em 2024. No ano anterior, os percentuais eram de 40,1% e 5%, respectivamente.

Quando se considera apenas a população da capital, o percentual de pessoas abaixo da linha de pobreza caiu de 31,9% para 21,7% entre os anos de 2023 e 2024.

Já a população em extrema pobreza de Natal reduziu de 4,3% para 3,8% no período.

Os números no Rio Grande do Norte estão abaixo da média da Região Nordeste (39,4% na pobreza e 6,5% na extrema pobreza), mas acima das médias nacionais (23,1% e 3,5%, respectivamente).

Pobreza seria maior no RN sem programas de transferência de renda

O estudo do IBGE aponta que o percentual de pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza seria maior no Rio Grande do Norte se não existissem benefícios de programas sociais governamentais.

Nesse caso, a proporção de pessoas vivendo abaixo da linha de extrema pobreza em 2024 teria sido de 16,2%, e não os 5,2% observados. Já a proporção de pessoas na pobreza teria sido de 40,4% da população potiguar.

A mesma tendência é observada na Região Metropolitana de Natal, que teria 31,2% de sua população abaixo da linha de pobreza e 12,6% na extrema pobreza em um cenário em que os benefícios financeiros dos programas de transferência de renda não existissem.

Homens brancos ganham em média 32% a mais que mulheres pretas ou pardas

O levantamento também apontou que homens brancos ganharam em média R$ 2.013 por mês em 2024 no Rio Grande do Norte. O valor é 32,75% maior que o rendimento médio domiciliar per capita de mulheres pretas ou pardas, que ganharam R$ 1.354 no mesmo período.

A disparidade também é observada na comparação com o rendimento de homens pretos ou pardos, que ganharam em média R$ 1.365, 32,20% a menos que os homens brancos.

A diferença de renda se mantém em relação às mulheres brancas, mas é menor. Em média, elas ganharam R$ 1.738, ou 13,67% a menos que os homens da mesma cor ou raça.

Com esses resultados, segundo o IBGE, a síntese revelou crescimento da desigualdade de renda entre homens brancos e os demais grupos populacionais na última década.

Em 2013, as mulheres pretas ou pardas do estado tinham rendimento médio 29,20% menor que o rendimento dos homens brancos na época. Já com relação à renda dos homens pretos ou pardos a diferença era de -22,70% ante a renda dos homens brancos.

Fonte: G1RN

Ponto de Vista

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