Dalton Mello de Andrade

O nosso é um país “sui-generis”. Nenhum há que se pareça com ele. Original, em todos os sentidos. De uma colonização medíocre, para não dizer desastrada, herdamos pelo menos duas coisas positivas: a unidade territorial imensa e a unidade linguística. Difícil encontrar, se é que há algum, país com origens tão diversas, que a nós se assemelhe, nesse aspecto.

Heterogêneo, mantem essa unidade linguística e territorial de forma impecável. Em compensação, da colonização original ficaram a maioria de nossas mazelas. O horror ao trabalho, especialmente se tivermos que usar as mãos; uma condescendência com as classes menos afortunadas; um ufanismo infantil; uma desconfiança de tudo e de todos, que só atrapalha nosso dia a dia; entre outros males.

Em compensação, essa heterogeneidade nos trouxe muitos benefícios. Aos brasileiros de origem portuguesa e cristã-nova, aos outros povos para cá emigraram e foram bem recebidos e, principalmente, aceitos sem maiores dificuldades.  A nós, entre outros povos, se juntaram italianos, alemães e japoneses, em sua grande maioria, que foram absorvidos de forma inusitada e se tornaram tão brasileiros quanto qualquer um de nós. Adotaram sem problemas nossa língua e costumes, e vivem em nosso meio sem distinção.

Entre outras virtudes nossas está a tolerância, com tudo e com todos. Sem estardalhaços, viviam pacificamente negros e brancos, ricos e pobres, hetero e homossexuais, protestantes e católicos, judeus e muçulmanos. Não tínhamos qualquer dificuldade de convivência com os nossos contrários, os respeitávamos e éramos respeitados.

Até que surgiu o partido da discórdia, fomentando a luta de classes, jogando pretos contra brancos, ricos contra pobres, heteros contra homossexuais, criando quotas disso e daquilo, destruindo o mérito das pessoas, e incrementado a divergência política e social à níveis “nunca antes vistos neste pais”. É isso mesmo, estou falando do PT, que se chama dos trabalhadores, e que na realidade representa sindicatos frustrados e mantidos à custa de contribuições forçadas, intelectuais superados no tempo e defendendo ideias arcaicas e abandonadas mundo afora, estudantes que se tornam profissionais em manter associações fajutas e sem representatividade, movimentos ditos sociais, tipo MST, Sem Teto, e tantos outros semelhantes, vivendo à custa do Estado.  Mas, todas essas organizações aguerridas se dispõem a “lutar”, segundo eles, “por um Brasil melhor”.

Neste momento, vivemos crise sobre crise, trazidas por treze anos de desgoverno incessante e que quer se prolongar. Já pagamos e continuamos a pagar um altíssimo preço pelos desmandos e corrupção implantados nesses treze anos, que todas as pessoas sensatas do país esperam ver o fim, que parece próximo. Pessoas de bem vão às ruas, se movem, se articulam, espontaneamente e se juntando através das redes sociais, num movimento sem precedentes, clamando pelo fim desse desgoverno incompetente e desagregador. Fim esse que parece se aproximar, para o bem de todos e da nação.

Dalton Melo de AndradeEx-secretario de Educação do RN

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
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