Qualquer subterrâneo tem os seus subterfúgios. Ninguém pode desconhecer que a sucessão governamental do Rio Grande do Norte transa e transita nos escaninhos das dúvidas dos votos brancos e indecisos. “Ora, direis ouvir estrelas”, pode comentar algum astuto e cético cientista político. Mas, o desfecho emblemático das últimas pesquisas eleitorais continuam ouriçando as mentes preterintencionais da paróquia de dom Jaime. No melhor estilo mediúnico, cogita-se como vai proceder o mágico Luis Inácio para acomodar no mesmo palanque os dois principais disputantes. Com a luta prosseguindo o seu curso natural, é possível que numa noite brasiliense – com a lua coando as sedutoras janelas do Palácio do Planalto – a sua suave luminosidade conclua por uma visita passageira de Dilma, numa solenidade, em vez de comício ou caminhada, a fim de sustentar, no mesmo bojo, o equilíbrio dos contrários.
Todos são navegantes de longo curso. Mas o que tem a ver a sucessão do nosso RN, com toda essa teatralização? Ora, não foi à toa que Dinarte Mariz com aquele sotaque arrastado cunhou uma frase: “Geraldo Melo é aquele menino besta que achou uma usina…”. Vale dizer que, nos dias atuais, nenhum dos candidatos ao governo e ao senado são meninos e garotas que não conheçam o caminho das pedras. Para os quatro litigantes tudo está justo e perfeito em ambas colunas pluripartidárias. Política é a arte da acomodação. Sempre há lugar para dois ou mais, em nome da governabilidade.
As pesquisas eleitorais continuarão a refletir o fluxo e o refluxo da maré da opinião pública. Especular nunca foi pecado. Até na Bolsa. São essas reflexões que nos dão visibilidade para o dia cinco de outubro. Tão caliente e certo quanto o fenômeno Marina Silva que tanto incomoda as estruturas passionais dos dois vintenários inquilinos do Alvorada: petistas e tucanos. Desde que o mundo é mundo, sucessão política, em todas as esferas, sempre se exercitou através dos atos implícitos, nos subterrâneos do poder público. Daí a voracidade pelo controle da máquina pública em vez de debater os principais problemas do estado. Nessa eleição, por exemplo, está saturada o círculo familiar com candidatos da mesma linhagem e algumas igrejas evangélicas se transformando em currais eleitorais.
Outro comportamento inconfiável que agride a lisura do pleito reside no processo de reeleição. Encastelado no poder de mando e desmando, o gestor é capaz de cometer qualquer improbidade para nele permanecer. E se perpetuar. Vejo longe, muito longe, a reforma política para corrigir esse mal, visto inexistir vontade nos congressistas e no executivo. Os parlamentares federais jamais admitirão corte de privilégios. Dá para enxergar, mesmo na escuridão da sucessão, que ainda não será desta vez a queda da bastilha que tanto humilha e perverte a democracia. Eu me bato por mudanças. Por um novo sistema de vida para o brasileiro, pobre e desassistido. Nos subterrâneos da sucessão, o cardápio continua servindo hipóteses e fantasias, à moda da casa. O sufoco já chegou a camada do pré-sal e a Petrobras virou Casa da Dinda.
Valério Mesquita – Escritor, Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do RN Mesquita.valerio@gmail.com
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