SUBLINHAR –

Não é difícil encontrar alguém que “adora” adjetivar aquilo que os outros dizem, sem analisar o contexto em que está inserido. Simplesmente busca “culpabilidades” e passa a sublinhar qualquer aspecto que seja favorável a sua maligna pretensão.

Em outras palavras, implica com tudo, com os demais e com o mundo.

Esquece, no entanto, de refletir sobre o que o faz ser assim.

“Vamos fazer justiça” é a cantilena para a justificativa daquilo que não admitem.

Certamente o coração de quem vive em medir com a sua régua, o compasso do mundo, praguejando e fazendo cara feia, até para si mesmo, não percebe que vai ficando amargo e cristalizado em sua essência.

Quando perceber que não consegue mais ficar à vontade com os demais, pode ser tarde para restabelecer laços que se perderam no caminho.

Passa a se lamentar: “Ah! Sou assim mesmo e pronto!”, como se isso fosse um aparato para que não “largue”, mesmo de forma gradativa, esse mal a que se “acostumou”.

A dramatização em encontrar defeito é como uma chama alimentadora do mesmo mal que se reacende pelo próprio ato de pensar e agir.

Às vezes até submete essa condição a uma breve consideração por alguém que tenha escapado de seu julgo e, antes mesmo que se permita ouvir, já está desfilando críticas sobre o modo de opinar do outro.

É uma peste!

Tem jeito? Tem.

Primeiro é preciso enxergar que ela é tal qual a outra, portadora de virtudes e defeitos. Depois, educar (é penoso) o senso crítico para ver o que de bom a outra pessoa tem, e a essa porção, dar excelência.

Feito isso, perceber que tudo se movimenta conforme uma lei estabelecida pela natureza, e que cada fato tem um ângulo de observação móvel que está ora com você, ora com o outro, mas, no entanto trata-se de uma mesma situação.

Isso vai favorecer você experimentar reflexos de liberdade, agora de maneira plena e feliz, em compartilhar a sua opinião e não em apenas confrontar o outro com aquela velha mania de que “em tudo tenho razão”.

“Ah, como estou feliz”, passou a ser o novo combustível do seu pensamento.

Como a gente fica tão bem, tão corajosa, quando age assim.

A cada dia, a renovação vem pela apreciação de todos os talentos e expectativa de algo de bom, em você e também no outro, por que não?!

Perceba o quanto as pessoas, em casa, no trabalho, na escola, nos grupos sociais, vão se sentir bem com a sua presença, sem aquele entrave ranzinzo que antes amoestava seu pensamento.

Seu sorriso já não será mordaz, porém cheio de espiritualização, renovador, com mais calor humano, por que não dizer, mais bonito.

Deus nos criou para a vida plena. Plena de aceitação e dedicação ao outro em gestos contínuos de compreensão e amor.

Reanima, pois o teu zelo.

Mova o sublinhar para o bom de cada um e verá quão enobrecida você será.

 

 

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil e Consultor (josuacosta@uol.com.br)

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
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