SOLIDARIEDADE –
Vivemos em construção, da individualidade e do ser coletivo. Reconhecendo esse fato, a Constituição Federal de 1988 impôs como objetivo da República (Art. III) a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. O dispositivo é mais que uma norma, é princípio fundamental. A essencialidade do ser solidário é cada vez mais assumida, é planetária.
A solidariedade é virtude. Poder-se-ia dizer que é superior à caridade. Enquanto o caridoso se coloca em posição superior, a solidariedade nivela.
No ambiente corporativo, as empresas estão dando ênfase ao exercício solidário, superando mesmo o estímulo à competição. As empresas não têm mais, em suas respectivas sedes, paredes divisórias. Todos trabalham em ambiente aberto, mais próximo.
Desde a antiguidade grega, os filósofos dedicaram-se ao tema, vinculando-o à vida coletiva, vezes à amizade. Aristóteles faz síntese admirável: “Amigo é um outro eu”. Ele já havia dito que o homem é um animal cívico, ou seja, um cidadão integrante do Estado.
Durante muito tempo, a solidariedade era vista, por razões éticas, de moralidade. No século XVIII, o filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau deu-lhe fundamentação jurídica, como regra vital da convivência social, superando o individualismo. Rousseau considerava que o homem é bom de nascença, a sociedade é que pode degenerá-lo. Infelizmente, o argumento tem servido de justificativa de criminosos vulgares: “Ele não tem culpa…”.
Émile Durkheim, no começo do século passado, realça a solidariedade como imprescindível à coesão social.
Normalmente, as pessoas boas têm espírito cívico. Em verdade, somos interconectados, verdadeiros concidadãos do nosso único planeta.
O voluntariado dedica o seu tempo, a sua energia, criatividade, e até mesmo o seu corpo em favor do outro. Neste tempo de pandemia, médicos e enfermeiros têm dado dedicação muito além do seu dever profissional. Haverá maior solidariedade do que a dos doadores de sangue e de órgãos para transplante?
A solidariedade beneficia quem a pratica. É a lei do retorno. Às vezes, chega a parecer milagre, relato. Devoto do santo padre João Maria, encomendei a sua imagem a Dalécio Damásio, artista plástico de Ipueira, para doar ao Eremitério do padre José Mário. O proprietário do munck também devoto, não quis receber o valor do transporte. Noilde Ramalho encarregou-se de pagar o assentamento das esculturas do padre ao lado do seu burrinho. No mesmo dia, telefona-me um cliente antigo de Macau dizendo que havia depositado, na conta do escritório, os honorários correspondentes, exatamente, ao valor da obra.
A solidariedade é uma semente, fertilizada, multiplica-se. Sejamos solidários para que as nossas ações diminuam as carências, sobretudo a dos mais vulneráveis.
Diogenes da Cunha Lima – Advogado, Poeta e Presidente da Academia de Letras do RN
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