Uma vistoria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificou nessa quinta-feira (19) pelo menos seis reservatórios de óleo – além de manchas de até 50 cm do produto na faixa de areia – no trecho do litoral potiguar onde na quarta-feira (18) um contêiner encalhou.
De acordo com o Ibama, que tratou o caso como uma emergência ambiental, o trecho mais crítico fica entre as praias de Barra do Rio e Pitangui, em Extremoz, na Grande Natal.
Segundo a Marinha do Brasil, o contêiner se desprendeu da embarcação “Harmonia”, que estava sendo rebocada pela empresa responsável após naufrágio ocorrido nesta semana a 90 km do litoral do RN.
Segundo o Ibama, no trecho havia seis reservatórios com substâncias oleosas com capacidade aproximada de 1 mil litros cada.
“Estes representam a principal fonte de contaminação para a praia, demandando prioridade máxima de remoção, sob responsabilidade da empresa envolvida e da Prefeitura de Extremoz”, explicou em nota o órgão ambiental.
O Ibama identificou ainda:
Além disso, o Ibama apontou que há um risco em relação à embarcação que naufragou, já que, segundo informou o proprietário ao órgão ambiental, havia aproximadamente 6 mil litros de combustível nos tanques, “representando potencial agravamento da contaminação”.
De acordo com o Ibama, até a manhã desta quinta-feira (19) não havia animais oleados reportados ou observados na área afetada. O Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental (Cemam) permanecia no trecho para o monitoramento da fauna.
O órgão informou que realizou voos com drones e, até a manhã desta quinta-feira (19), não havia também verificado manchas de óleo sobrenadante no mar.
O Ibama comunicou que iria notificar formalmente a empresa responsável ainda nesta quinta determinando “a adoção imediata de medidas para recolhimento e destinação adequada dos resíduos oleosos, bem como ações de mitigação de impactos ambientais”.
O órgão informou ainda que a Prefeitura de Extremoz deve promover, com caráter emergencial, a limpeza da praia, “assegurando a destinação ambientalmente adequada dos resíduos recolhidos”.
Em nota, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) informou que acompanha o caso prestando suporte, mas que, por se tratar de uma ocorrência marítima, a atribuição primária é do governo federal, através do Ibama, cabendo ao Idema e Defesa Civil do RN “a colaboração e cooperação para evitar a contaminação do óleo nas praias e oceano”.
O Idema também comunicou na nota que a Marinha do Brasil atua na investigação das causas do naufrágio e na análise do conteúdo transportado, “uma vez que não constava, no manifesto da embarcação, informações sobre carga de óleo ou derivados”.
Segundo o Idema, o Ministério Público Federal (MPF) também instaurou procedimento para acompanhar o caso.
Um contêiner encalhou na quarta-feira (18) na praia de Barra do Rio, no município de Extremoz. O equipamento carregava carnes, frutas, bebidas e até caixas de cigarro, que foram levadas por moradores que estavam no local (veja vídeo abaixo).
As autoridades e órgãos ambientais, no entanto, informaram que também foi registrado vazamento de óleo, o que pode gerar risco à fauna e flora da região e também pode ter contaminado os alimentos, o que preocupa.
Segundo a Marinha do Brasil, o contêiner se desprendeu da embarcação “Harmonia”, que estava sendo rebocada pela empresa responsável após naufrágio ocorrido nesta semana a 90 km do litoral do RN.
A embarcação, segundo a Marinha, estava sendo rebocada para o Estaleiro TURC, localizado em Natal e tinha previsão de chegada na noite de terça-feira (17).
“As severas alterações climáticas na região, com chuvas intensas por mais de 12 horas ininterruptas e as condições adversas do mar inviabilizaram a continuidade da operação, culminando com o naufrágio do SBL Harmonia”, explicou em nota.
“Em consequência do naufrágio, um contêiner desprendeu-se da embarcação e flutuou até a praia de Barra do Rio, no município de Extremoz (RN)”, completou a nota.
O naufrágio não afetou a segurança da navegação, segundo a Marinha. A corporação informou ainda que um Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) foi instaurado pela Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte para apurar as circunstâncias e causas do ocorrido.
A Secretaria de Meio Ambiente de Extremoz havia informado na própria quarta (18) que registrou, ao lado da Defesa Civil do Município, a presença de óleo ao enviar equipes de fiscalização para averiguar a situação. A pasta acionou o Idema, o Ibama e a Marinha.
“Existia um contêiner que continha alguns alimentos, como carnes, frutas, e também existiam alguns galões de óleo. E esses galões de óleo estavam abertos e espalhando óleo pela praia. E alguns objetos, inclusive, mergulhados no óleo”, explicou o secretário de Meio Ambiente, Urbanismo e Mudanças Climáticas de Extremoz, Jair Damasceno.
Em nota, o Cemam também apontou que na praia havia alimentos espalhados e “sinais visíveis de resíduos oleosos, gerando preocupação quanto à contaminação ambiental e riscos à fauna marinha da região”.
O secretário de Meio Ambiente de Extremoz, Jair Damasceno, alertou ainda que a população deve ter cautela em relação ao consumo dos alimentos encontrados no contêiner.
“A população necessita ter cautela ao pegar esses objetos ou entrar em contato, até porque esse óleo pode ser tóxico a eles, inclusive podendo causar uma intoxicação alimentar se eles consumirem esses alimentos aí que vieram nesse contêiner”, disse.
O cenário no trecho é de preocupação também com a fauna e flora local, segundo o Cemam, que realizou uma vistoria ao lado do Projeto Cetáceos da Costa Branca.
“Identificamos alimentos deteriorados e sinais de óleo, que podem atrair animais e, pior, causar contaminação e danos irreversíveis à fauna. O impacto de um incidente como esse não é apenas ecológico, mas social e de saúde pública”, afirmou Aline Bomfim, diretora do Cemam.
A equipe técnica da organização monitora o trecho da praia e está preparada para atuar em caso de encalhe de animais oleados ou em sofrimento.
Por isso, as recomendações, em caso de encontrar um animal nesta situação são:
O recomendado é:
DÓLAR COMERCIAL: R$ 5,2970 DÓLAR TURISMO: R$ 5,5030 EURO: R$ 6,1830 LIBRA: R$ 7,0830 PESO…
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