Investigadores da PF avaliam quais medidas adotar — e quando — contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no inquérito que apura pressões ilegais sobre autoridades brasileiras com o objetivo de barrar o julgamento da tentativa de golpe de Estado (veja linha do tempo das ações que levaram à operação)
Segundo investigadores ouvidos pelo blog, não está descartada a adoção de medidas como mandados de busca e apreensão ou até mesmo de prisão.
Entre investigadores e ministros do STF, as prisões de Eduardo e de Jair Bolsonaro estão sendo defendidas, pois avaliam que eles seguem obstruindo a Justiça.
Eduardo foi poupado da operação da última sexta-feira (18), que teve como alvo o pai, Jair Bolsonaro (PL). O motivo, segundo fontes com acesso à investigação, é o fato de o deputado estar nos Estados Unidos. Por isso, medidas mais duras só poderiam ser executadas com cooperação jurídica internacional.
A avaliação na PF é que, por estar em solo americano, Eduardo tem se protegido da atuação da Justiça brasileira.
Na mesma semana da operação, o presidente americano Donald Trump publicou uma carta de apoio a Bolsonaro. Disse que o processo contra o ex-presidente brasileiro deveria ser encerrado “imediatamente” — e anunciou a suspensão dos vistos de oito ministros do Supremo.
Em maio, dois dias depois de se mudar para os Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro articulou com congressistas republicanos uma carta enviada à Casa Branca pedindo sanções contra o ministro Alexandre de Moraes.
A ofensiva de Eduardo é tratada pela PF como parte da tentativa de interferência estrangeira para constranger o STF e demais instituições brasileiras.
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, Jair e Eduardo Bolsonaro atuaram para estimular o governo americano a pressionar as autoridades do país, numa tentativa de “obstrução de Justiça”.
Em decisão que autorizou as ações da PF, Moraes apontou que pai e filho cometeram “atentados contra a soberania nacional”, com o objetivo de interferir em processos judiciais, desestabilizar a economia e pressionar o Judiciário — em especial, o Supremo.
Durante a operação, a PF apreendeu US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie na casa do ex-presidente, além de uma cópia de uma ação protocolada nos EUA contra Moraes e um pen drive escondido em um banheiro. O conteúdo do dispositivo, segundo investigadores, “não tem relevância” para o inquérito
Em entrevista, após ser obrigado a usar tornozeleira eletrônica, Bolsonaro classificou a investigação como política e a chamou de “suprema humilhação”. Negou ter conhecimento do pen drive.
Dois dias após a operação, Eduardo Bolsonaro fez ataques públicos à Polícia Federal.
“Vai lá, cachorrinho da Polícia Federal que tá me assistindo, deixa eu saber não. Se eu ficar sabendo quem é você, eu vou me mexer aqui. Pergunta ao tal delegado Fábio Alvarez Shor se ele conhece a gente.”
Um investigador reagiu às ofensivas.
“Método miliciano. É assim que eles agem. Saíram de Rio das Pedras, mas continuam com as mesmas práticas.”
A fala do deputado repercutiu entre entidades que representam a classe. A Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) manifestou repúdio as declarações que “atacam de forma leviana e inaceitável a atuação da Polícia Federal e de seus delegados”.
“Tais manifestações configuram tentativa de deslegitimar o trabalho técnico e isento da instituição, além de representar grave afronta à sua autonomia funcional”, disse a entidade, em nota.
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