PELA REATIVAÇÃO DO AEROPORTO AUGUSTO SEVERO –
Quem viaja ao Rio de Janeiro opta para pousar no Aeroporto Santos Dumont, coladinho à cidade, ou desembarcar no Galeão, a 14km de distância e engarrafamentos, onde passageiros podem utilizar a Via Amarela para escoá-los da Ilha do Governador. E para quem viaja a São Paulo, a trabalho ou lazer, qual aeroporto a escolher? O de Congonhas, é o mais bem localizado para a maioria das pessoas, fica bem ao lado de Moema; em que pese as passagens serem um pouco mais caras, o fluxo de passageiros é constante. Já o Aeroporto de Guarulhos fica a 25km do centro de São Paulo, mas atende grande número de passageiros notadamente em viagem internacional. Ambos os aeroportos dessas megacidades brasileiras mantêm arrecadação de tributos em alta, agradam aos passageiros, cada qual com suas finalidades e destinos.
Por que a capital do Rio Grande do Norte mantém um bem localizado e equipado aeroporto comercialmente em situação ociosa? Quanto poderia o Estado e a capital auferir em tributos e desenvolvimento para o turismo local? Por que há essa anomia administrativa logo na esfera da aviação comercial, signo universal para identificar o crescimento econômico, social e político de um país, região ou de uma comunidade?
Ou o Rio Grande Norte ainda subsiste, neste setor, sob o manto decadente de práticas político-administrativas ou está desorientado na questão de tráfego aéreo e dos serviços de voo, fora da sintonia com os grandes centros brasileiros. Pelo que se depara, sobem as queixas quanto à unicidade de oferta do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, e, no mesmo tom crescem mobilizações e reclamos, tanto local quanto de frequentadores da cidade, para que seja considerada a reativação comercial do Aeroporto Augusto Severo.
Luiz Serra – Professor e escritor
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