OS CAMINHOS TORTUOSOS DA MEMÓRIA –
Costumamos (ou costumávamos) rir dos nossos pais e avós quando, para nos chamar, eles recitavam o nome de todos os filhos, irmãos, netos e sobrinhos. Entre piadas e risos, atribuímos atitudes desse calibre à idade, à caduquice. Em breve, seremos nós o alvo do riso, seremos nós que iremos desfiar um rosário de nomes e palavras para atingir o objetivo.
A cada ano acumulamos mais informações e com elas ganhamos milhares de novos compartimentos no cérebro, para melhor armazená-las e encontrá-las diante da necessidade. O cérebro aumenta em conhecimento, mas não em tamanho, o que, algumas vezes, dificulta o acesso.
De um modo geral, não há o que temer se formos capazes de exercitar e reestruturar o nosso cérebro com frequência. Adultos com rotinas saudáveis e mentes ativas apresentam alto desempenho mental na meia-idade. Habilidades numéricas, verbais e voltadas para a solução de problemas atingem o ponto máximo após os quarenta e cinco anos, de acordo com uma pesquisa realizada e divulgada na Revista Época.
Segundo a americana Barbara Strauch, autora do livro “O melhor cérebro de sua vida”, conforme envelhecemos, o cérebro se reorganiza e passa a agir e pensar de maneira diferente. Essa reestruturação nos torna mais inteligentes, calmos e felizes.
Tudo isso nos mostra que, apesar de trocar nomes, esquecer o título de filmes e livros, a idade traz consigo muito mais benefícios que reduções na qualidade mental. Que, apesar de o corpo não ser mais “aquela máquina” de outrora, a nossa (não tão) nova mente nos dá vantagens ímpares que só poderemos alcançar com o passar do tempo.
A maturidade faz com que mudemos nossas prioridades, dá importância a coisas que não ousaríamos pensar há uma ou duas décadas e tira enormes pesos de nossos ombros, permitindo que sejamos capazes de ver o mundo com outros olhos. O tempo nos dá coragem, diminui o tamanho do problema e aumenta o leque de soluções. A vida nos ensina a examinar as questões sob milhões de novos ângulos e tudo isso são bônus que a “madura idade” nos dá. Uma vida mais longa e saudável, um “juízo no lugar” e uma memória seletiva, o que mais poderemos pedir?
Ana Luíza Rabelo Spencer, advogada (rabelospencer@ymail.com)
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