O ataque por drones que matou o líder Qassem Soleimani na quinta-feira (2) aconteceu depois de uma semana de ações ofensivas entre o Irã e os Estados Unidos em território do Iraque. Ele era o general que comandava a atuação iraniana em outros países, e a sua morte foi ordenada pelo presidente Donald Trump.
Uma base militar de aliados dos EUA no Iraque foi atacada com mais de 30 mísseis. Um americano que não era do exército, mas que prestava serviços para as forças armadas, foi morto. Outros quatro americanos e dois iraquianos ficaram feridos.
Os EUA apontaram como culpada uma milícia chamada Kataib Hezbollah, apoiada pelo Irã.
Os americanos realizaram ataques em resposta e mataram 24 pessoas em bases de milícias no Iraque e na Síria.
Essas milícias iraquianas apoiadas pelo Irã são uma força importante: elas têm um grande número de representantes no Parlamento do Iraque.
Elas atuam no Iraque, mas são financiadas e orientadas pelo Irã. Quando os EUA impõem sanções aos iranianos, essas organizações reagem com ataques no Iraque, onde há presença de americanos.
Membros dessas milícias invadiram o perímetro da embaixada dos EUA em Bagdá, a capital do Iraque. Na ocasião, Trump acusou os iranianos de estarem por trás dos protestos.
A embaixada ficou sitiada por pouco mais de 24 horas. Os líderes das milícias pediram para que ela fosse liberada na quinta-feira (2), e a ordem foi imediatamente cumprida.
Os EUA executaram o ataque por drones pela noite no aeroporto de Bagdá, no Iraque, que matou Soleimani.
A semana de conflitos e o ataque que matou Qassem Soleimani ocorreu em um contexto de escalada de tensão entre os Estados Unidos e o Irã, que acontece durante a gestão de Donald Trump.
Os dois países têm uma relação de confronto há décadas, e os desentendimentos e confrontos indiretos aumentaram desde que Trump assumiu o governo.
Em 2015, quando o presidente dos EUA era Barack Obama, o país islâmico fechou uma convenção com Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Rússia e China.
O Irã aceitou limitar o enriquecimento de urânio e ser supervisionado por inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU), em troca do fim de sanções econômicas.
Trump venceu as eleições em 2016, e uma de suas promessas de campanha era justamente acabar com esse tratado, sob a justificativa de que dois temas não estavam contemplados:
O Irã vem descumprindo os compromissos que havia pactuado no acordo nuclear desde então.
Em junho de 2019, incidentes levaram os dois países à iminência de um conflito armado. Trump chegou até a ordenar bombardeios, mas recuou em cima da hora.
Aquele conflitou se iniciou quando dois navios petroleiros que navegavam perto do Irã foram atacados. Os EUA apontaram os iranianos como responsáveis. O Irã negou.
Cerca de uma semana depois, o Irã revelou que derrubou um drone americano em seu território –os iranianos afirmam que a aeronave não tripulada sobrevoava perto de seu litoral.
Os EUA contestam essa versão iraniana: disseram que o drone estava sobre águas internacionais. Trump, então, resolveu retaliar e ordenou um ataque a alvos em terra no Irã, mas cancelou a iniciativa.
Na ocasião, os iranianos afirmaram que um conflito iria se espalhar pelo Oriente Médio e seria incontrolável.
Em setembro de 2019, mísseis atingiram instalações de um complexo de óleo e gás na Arábia Saudita que pertencem à Aramco, uma empresa estatal.
A ação provocou incêndios de grandes proporções e derrubou pela metade produção de petróleo e gás na Arábia Saudita.
Os americanos afirmaram que os iranianos estavam por trás, e o Irã, novamente, disse que não eram os autores.
Os EUA acusaram os iranianos mesmo com a reivindicação de um outro grupo, os houthis. São rebeldes que lutam na guerra civil no Iêmen, um país no sul da Península Arábica.
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