INQUIETUDES –

 

Você já teve algum pressentimento? Uma estranha inquietude? O coração apertado?

Certamente não há ninguém que, na vida, não tenha experimentado uma dessas sensações que provocam enorme desconforto ao nosso espírito.

E isso nos deixa sem saber por que essa íntima inquietude, insiste em se alojar e amedrontar nosso pensamento.

Uns traçam na testa o sinal da cruz. Outros desconjuram. E ainda outros, se entregam e entram em pânico vislumbrando a própria tragédia.

Bem, eu já passei por estas fases em diferentes momentos, perdendo algumas batalhas, e quando já sem fôlego, “surgia” um “aspirador” que me sugava para fora do terrível e infindável fosso de angústia.

Fui aprendendo, em cada queda, que de joelhos era possível identificar a marca do “aspirador” que insistia sempre em me tirar de tal situação.

Em muitos momentos me senti “abandonado”, não de presença humana, mas, de fazer-me atrevidamente tal qual Cristo na cruz.

E isso, paradoxalmente, impulsionava-me a sair do “choro doído” e dotar-me de forças residuais para enfrentar diariamente a missão de ser filho, pai, esposo, profissional, cristão em movimento, acolhedor da necessidade do outro.

As noites eram longas e a ansiedade de vestir a roupa da incerteza, pela manhã, me assombrava.

Fui me conhecendo. Fui brigando comigo. Fui tendo carinho comigo. Fui me ouvindo. Fui compreendendo as dores minha e do outro. E o mais importante: fui percebendo a presença de Deus em cada abraço, em cada olhar, em cada sorriso, em cada olá como vai você, em cada bom dia, enfim.

Isso mesmo, fui encontrando no outro, a imagem e semelhança de Deus. A cada simples encontro, carregava as baterias de tal maneira que sobrava forças para retribuir a esses “irmãos” com atitudes verdadeiramente carregadas de gratidão.

Surpreendentemente os “inimigos” foram desaparecendo à medida que fui incluindo-os em minhas orações.

Anjos humanos foram me acolhendo em forma de amparo misericordioso, com palavras animadoras e sem deixar de acreditar no homem e no profissional que desfrutava de seu convívio.

Sou grato. Sou muito grato. Cada um desses anjos saberá se identificar, se ler essa mensagem que me foi inspirada.

Não. Minha vida não é só um mar de rosas. Mas, estou muito mais “calejado” e conhecendo quando as armadilhas estão tomando forma. Imediatamente me reforço de amor divino e sigo exatamente o conselho do Mestre: Vigiai e Orai.

Ao primeiro sinal de inquietude, me renovo no Jesus “abandonado”, pois sou muito pequeno e frágil para não cair em Seus braços.

Portanto, dê espaço para Deus agir quando de repente seu caminho se perde em labirintos angustiantes.

Lembre-se que Ele, em Si mesmo, sendo uno, Se mostra em todos.

Siga Firme!

 

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil e Membro da Academia Macaibense de Letras (josuacosta@uol.com.br)

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
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