Os franceses aguardam ansiosos pela confirmação neste domingo, de quem será o próximo ocupante do Palácio do Eliseu, que sucederá o impopular presidente socialista François Hollande. As últimas pesquisas de opinião sobre o segundo turno da disputa deixaram pouca margem para alguma surpresa de última hora, apesar do sobressalto provocado pela divulgação de e-mails e documentos capturados por hackers nos computadores da campanha do favorito absoluto, o centrista Emmanuel Macron. O candidato do movimento Em Marcha! aparecia no patamar de 60% das intenções de voto, com vantagem segura sobre Marine Le Pen, da Frente Nacional (FN, ultradireita). O desempenho de cada um dos dois nas urnas é uma das incógnitas que intrigam políticos e observadores. Outro, igualmente importante, é a taxa de participação dos pouco menos de 47 milhões de eleitores. No primeiro turno, duas semanas atrás, cerca de 23% deixaram de ir às urnas. Hoje, a expectativa é de uma ausência ainda maior, em particular entre os 20% que votaram no candidato da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon. Depois de alguma relutância, ele chegou perto de recomendar o voto em Macron para derrotar Le Pen, cuja eleição considerou que seria “um grande erro”.