Oitenta pacientes estão em macas espalhadas no chão e corredores do Walfredo Gurgel, maior hospital público do Rio Grande do Norte. A situação ficou tão crítica que a diretora da unidade chegou a recomendar, no fim de semana, que as pessoas ficassem em casa para evitar acidentes nem serem vítimas da violência. Tudo porque, segundo Fátima Pinheiro, o hospital não tem condições de prestar atendimento. Nesta terça-feira (20), completa 100 dias que os servidores da saúde estão em greve.
As palavras acima foram ditas por Fátima Pinheiro, neste final de semana, ao falar do estado de saúde de um médico que foi baleado durante um assalto ocorrido no domingo (18) em uma granja na zona rural de Macaíba, na Grande Natal. O áudio, gravado pela diretora, foi postado em uma rede social.
Dona Josília, com uma fratura no braço, espera há 5 dias por uma cirurgia que não tem previsão de acontecer. “O médico disse que meu osso esfarelou. Então, eu achava que ia logo ser atendida”, reclamou. Ela está entre os 80 pacientes que aguardam procedimentos em macas espalhadas pelo hospital.
A maioria dos pacientes vem da ortopedia e da cirurgia vascular. E, ainda segundo a direção, o problema de superlotação se agravou por causa da greve, que também atinge os hospitais que dão suporte ao Walfredo, como é o caso do Hospital Regional Deoclécio Marques, de Parnamirim.
Mas, a situação mais preocupante é mesmo a do centro cirúrgico do Walfredo Gurgel. Na segunda (19), todas as salas ficaram ocupadas e não havia espaço para receber novos pacientes. Nem os mais graves.
“Era crítica demais. Tanto que eu disse da importância de se ficar em casa, porque nós sabemos como a violência aumentou, e que podia acontecer, e que o Walfredo Gurgel, que é o único hospital de porta aberta, que atende a toda violência, tava sem condição de receber”, confirmou a diretora da unidade.
A saúde pública do RN entrou em estado de calamidade pública em junho de 2017. No decreto, com validade de 6 meses, o governador Robinson Faria considerou que havia sobrecarga nos hospitais da rede estadual de saúde, especialmente no atendimento de pacientes de atenção primária na região metropolitana de Natal e nos principais hospitais regionais, em razão de a maioria dos municípios não dispor de estrutura apta ao atendimento integral em seu nível de atenção — o que acarretava a falta da eficiência dos serviços estaduais de saúde pública e risco potencial à vida dos usuários. No dia 5 de dezembro, o decreto foi prorrogado por mais 180 dias.
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