A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) emitiu nessa quinta-feira (15) uma nota técnica com orientações sobre o consumo de pescados após surtos de intoxicação alimentar com suspeita de ciguatera na capital potiguar.
Entre as recomendações ao público, a pasta informou que é importante solicitar aos fornecedores quais pescados estão sendo ofertados e, “atendendo ao princípio da precaução, evitar consumo dos pescados sob suspeita”. Apesar disso, reforçou que não há motivos para pânicos e nem para parar de consumir pescados – dando preferência aos de água profunda.
O caso mais conhecido suspeito de intoxicação por ciguatera em Natal aconteceu nos dias 5 e 6 de maio, quando 13 pessoas tiveram sintomas sugestivos após consumo de peixe em um restaurante em Natal – três delas precisaram de hospitalização, mas estavam bem. Sobre esse caso, a equipe de vigilância informou que fiscalizou toda a cadeia produtiva, desde o local onde foi preparado o pescado até onde ele foi comprado.
Segundo a SMS, a ciguatera é uma intoxicação alimentar causada pela ingestão de peixes contaminados com toxinas produzidas por microalgas que se proliferam em recifes de corais tropicais e subtropicais.
Os pescados associados à ciguatera são garoupas, barracudas, moreias e badejos. No entanto, segundo a nota, na literatura a contaminação por ciguatera já foi relatada em mais de 400 espécies de peixes.
Na nota divulgada nesta quinta, a secretaria informou que esse caso ocorrido em 5 e 6 de maio foi o terceiro surto com intoxicação por pescados registrado em Natal neste ano. Nos outros dois, os pacientes tiveram sintomas leves, segundo a SMS.
Nos dois primeiros surtos, os peixes consumidos, segundo a SMS, foram do tipo bicuda e arabaiana. No terceiro surto, o cosumo em comum entre os que apresentaram sintomas foi dos pescados do tipo arabaiana e dourado.
Em anos anteriores, peixes do tipo guarajuba e barracuda também apresentaram a toxina em casos suspeitos na capital potiguar.
De acordo com José Antônio de Moura, diretor do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) de Natal, o consumo de peixes na capital permanece seguro.
“As pessoas podem consumir pescados sem medo, especialmente os de águas profundas”, explicou ao g1.
Anteriormente, ele havia recomendado ainda evitar o consumo de peixes costeiros.
A SMS informou que tem monitorado os casos suspeitos e feito investigação epidemiológica e notificação de casos de doenças diarréicas agudas associadas ao consumo de pescados, além de inspeção sanitária na cadeia produtiva, desde os fornecedores até os estabelecimentos de consumo.
A nota citou ainda que os primeiros casos suspeitos de ciguatera registrados na capital potiguar foram em 2022.
A SMS reforçou ainda que o paciente deve procurar um serviço assistencial de saúde, público ou privado, para atendimento médico, “caso apresente sintomas compatíveis com o quadro de ciguatera”.
A nota apresenta ainda recomendações aos proprietários e funcionários dos serviços de alimentação, como bares, lanchonetes e restaurantes.
Entre as recomendações, os estabelecimentos devem:
Para os profissionais de saúde e equipes de atenção primária, a recomendação é identificar, tratar e avisar à vigilância sobre casos suspeitos de intoxicação por ciguatera.
“Reforçamos que não é motivo para ter pânico ou suspender a ingestão de pescados”, pontuou o diretor do DVS, José Antônio Moura.
“Um dos cuidados que a população pode tomar é solicitar aos fornecedores quais pescados estão sendo ofertados e evitar o consumo dos pescados sob suspeita. Se apresentar alguns sinais ou sintomas, procure um serviço de saúde o mais breve possível”.
O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde pode ser informado pela população através dos canais de comunicação: whatsapp (84) 3232-9435e e-mail: urrnatal@gmail.com.
Treze pessoas tiveram suspeita de intoxicação após o consumo de peixe em um restaurante em Natal, entre os dias 5 e 6 de maio. Segundo a SMS, a principal suspeita é de ciguatera.
Do total de pessoas que apresentaram sintomas, três precisaram de atendimento hospitalar e duas ficaram internadas, porém já receberam alta.
Segundo explicou José Antônio de Moura, diretor do DVS de Natal, os principais motivos para suspeita de ciguatera foram os sintomas neurológicos. Além de diarreia, vômito e dores de cabeça e abdominais, os pacientes apresentaram formigamento e “inversão de calor”.
“Tem que a questão do período de incubação, entre a alimentação e o início dos sintomas, que foi em média 4 horas. Mas o que caracterizou, que nos deu praticamente certeza, é o tipo de pescado e também os sintomas neurológicos que elas tiveram: dormência nos membros superiores, inferiores, e na boca. E a inversão de calor, em que você tem essa sensação de tocar uma coisa fria e sentir como o como se fosse quente”, relatou o diretor.
O alimento foi recolhido no restaurante e enviado para o Laboratório Central do Rio Grande do Norte (Lacen), porém as amostras foram enviadas para análise em outra instituição no sul do país, segundo a SMS. A pasta estima que a espera pela resultado pode ultrapassar 30 dias.
O surto aconteceu em um evento de médicos. De 35 pessoas contactadas, 13 apresentaram sintomas. As amostras de peixe foram recolhidas no restaurante no dia 7.
Os casos ocorreram menos de um mês após a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte emitir uma nota técnica orientando profissionais da área sobre a possibilidade de casos de intoxicações por consumo de pescados. Entre as intoxicações, o documento destacava a ciguatera.
A nota técnica publicada no dia 16 de abril apontava que a ciguatera é uma intoxicação alimentar comum em regiões do Mar do Caribe e dos oceanos Pacífico e Índico, “sendo um perigo pouco conhecido no Brasil, apesar da sua ocorrência comum em regiões endêmicas”.
Uma dessas regiões é a Ilha de Fernando de Noronha, no Estado de Pernambuco, e que fica próxima ao Rio Grande do Norte.
Segundo o documento, a intoxicação nos humanos ocorre em após uma cadeia que começa nos recifes de corais:
➡️ Segundo a nota, as ciguatoxinas não têm cor, sabor ou cheiro e não podem ser destruídas pelo cozimento ou congelamento convencional. Também não há tratamento específico para a ciguatera
Os sintomas apresentados são divididos em três áreas:
O tratamento atual consiste basicamente em cuidados sobre o sintomas e de suporte para aliviar sinais clínicos do paciente, como hidratação, medicações para alívio dos sintomas, acompanhamento médico e repouso.
José Antônio de Moura afirmou que a intoxicação não é letal e que não há motivo para pânico da situação, mas orienta a população a evitar o consumo de peixes costeiros na época de meio de ano.
“Isso foi uma fatalidade. O que a gente teria que passar para população é se se ela puder evite consumir, nesse período, esses peixes costeiros. Comer peixe de água profunda seria uma estratégia”, pontuou.
Fonte: G1RN
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