O governo Trump triplicou para US$ 3 mil (R$ 16,7 mil) o dinheiro que dará a imigrantes ilegais que deixarem os Estados Unidos voluntariamente até o final do ano. A medida foi anunciada pelo Departamento de Segurança Interna como uma benesse —uma “generosidade”, segundo descreveu a secretária.
“Durante a temporada de Natal, o contribuinte americano está generosamente TRIPLICANDO o incentivo para deixar voluntariamente o país aqueles que estão aqui ilegalmente — oferecendo um bônus de saída de US$ 3.000, mas apenas até o fim do ano”, disse a secretária Kristi Noem.
Noem também voltou a ameaçar imigrantes ilegais ao dizer que eles “devem aproveitar esse presente e se autodeportar, porque, se não o fizerem, nós os encontraremos, nós os prenderemos e eles nunca retornarão”.
Uma publicação nas redes sociais do Departamento de Segurança Interna chega a chamar o incentivo de “oferta de tempo limitado” e um “bônus para ir para casa para as festas”, dando a entender que a casa do imigrante ilegal seria seu país de origem. Na mesma linha da fala de Noem, a publicação também contém um aviso: “Estamos riscando nomes da lista dos mal-criados. Não seja o próximo.”
Segundo a diretriz do governo Trump, os imigrantes que desejarem aceitar o incentivo devem o fazer por meio do aplicativo de celular CBP Home, desenvolvido pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA e que oferece serviços migratórios como o da autodeportação.
O governo Trump prevê intensificar ainda mais sua campanha anti-imigração em 2026, mesmo diante da queda de popularidade do presidente Donald Trump. O czar da fronteira de Trump, Tom Homan, prometeu que os números de prisões de imigrantes ilegais e de deportações “vão explodir” no próximo ano. Mesmo assim, as deportações bateram recorde em 2025. (Leia mais abaixo)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prepara uma intensificação das políticas de repressão à imigração em 2026, apoiada por bilhões de dólares em novos recursos e pela ampliação de batidas policiais em locais de trabalho.
A estratégia avança mesmo diante do aumento da reação negativa da opinião pública às vésperas das eleições de meio de mandato do próximo ano.
Desde o início do mandato, Trump autorizou o envio de agentes federais de imigração a grandes cidades americanas, onde operações resultaram em investidas em bairros residenciais e confrontos com moradores.
Embora algumas ações de grande repercussão tenham ocorrido em empresas ao longo deste ano, as autoridades vinham evitando, em grande parte, fiscalizações em fazendas, fábricas e outros setores economicamente estratégicos que dependem de mão de obra imigrante sem status legal.
Esse cenário deve mudar. O Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) e a Patrulha da Fronteira receberão cerca de US$ 170 bilhões em recursos adicionais até setembro de 2029 — um salto expressivo em relação aos orçamentos anuais atuais, estimados em aproximadamente US$ 19 bilhões.
O aumento foi aprovado em julho pelo Congresso, controlado pelos republicanos, como parte de um amplo pacote de gastos.
Segundo autoridades do governo, os recursos permitirão a contratação de milhares de novos agentes, a abertura de centros adicionais de detenção, o aumento do uso de cadeias locais para prisões e parcerias com empresas privadas para localizar imigrantes sem status legal.
A ampliação das deportações ocorre apesar de sinais crescentes de desgaste político. Em Miami, uma das cidades mais impactadas pela política migratória devido à grande população imigrante, os eleitores escolheram, na semana passada, a primeira prefeita democrata em quase 30 anos — decisão que a prefeita eleita atribuiu, em parte, à rejeição às ações do governo federal.
Resultados de eleições locais e pesquisas de opinião também indicam maior preocupação dos eleitores com as táticas adotadas.
“Cada vez mais, as pessoas deixam de enxergar isso apenas como uma questão de imigração e passam a ver como violação de direitos, do devido processo legal e como uma militarização inconstitucional de bairros”, afirmou Mike Madrid, estrategista republicano moderado. “Isso representa, sem dúvida, um problema para o presidente e para o partido.”
A aprovação de Trump em relação à política de imigração caiu de 50% em março — antes do início das ações mais agressivas em grandes cidades — para 41% em meados de dezembro, justamente no tema que se tornou a principal bandeira de seu governo.
Parte da inquietação pública se concentra no uso de agentes federais mascarados e em táticas consideradas excessivas, como o emprego de gás lacrimogêneo em áreas residenciais e a detenção de cidadãos americanos.
Além de reforçar a fiscalização, Trump revogou o status legal temporário de centenas de milhares de imigrantes haitianos, venezuelanos e afegãos, ampliando o universo de pessoas passíveis de deportação.
O presidente prometeu remover até 1 milhão de imigrantes por ano — uma meta que dificilmente será alcançada em 2025. Desde que assumiu o cargo, em janeiro, cerca de 622 mil pessoas já foram deportadas.
O chamado “czar da fronteira” da Casa Branca, Tom Homan, afirmou à Reuters que o governo cumpriu a promessa de realizar uma operação histórica de deportação, ao mesmo tempo em que reduziu drasticamente a imigração ilegal na fronteira com o México.
“Vocês verão esses números explodirem no próximo ano”, disse Homan, acrescentando que os planos “com certeza” incluem mais ações de fiscalização em locais de trabalho.
Segundo ele, o número de prisões deve aumentar de forma significativa com a contratação de novos agentes e a expansão da capacidade de detenção.
Trump retornou à Casa Branca prometendo níveis recordes de deportações, alegando que a medida era necessária após anos de imigração ilegal elevada durante o governo de seu antecessor democrata, Joe Biden. Desde então, a presença de agentes federais em cidades americanas gerou protestos e ações judiciais por discriminação racial e uso excessivo da força.
Cerca de 41% das aproximadamente 54 mil pessoas detidas pelo ICE até o fim de novembro não tinham histórico criminal além de supostas infrações migratórias. Antes da posse de Trump, esse índice era de apenas 6%.
O governo também passou a mirar imigrantes em situação legal, com detenções durante entrevistas para obtenção do green card, cancelamentos de cerimônias de naturalização e revogação de milhares de vistos estudantis.
Fonte: G1
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