ARTIGO: Adauto Medeiros

OS POBRES SÃO AS PESSOAS MAIS RICAS DO PAÍS –

Preferi dar esse título acima a este artigo não por acaso. E reafirmo que no Brasil, os chamados pobres são de fato as pessoas mais ricas do país. Vocês não acreditam? Pois vejam. Vou citar números para comprovar.

Vamos lá. No Brasil atual temos em torno de 5.700 cidades. Logo, temos 5.700 prefeitos, mais 5.700 vice-prefeitos. Temos em torno de 80 mil vereadores, se colocarmos uma média de 15 vereadores por cidades (estou colocando por baixo). Temos também 540 deputados estaduais, mais 505 deputados federais, mais 81 senadores (para quê, tanto senador?), 27 governadores e 27 vice-governadores. Somemos todos esses números e achamos a incrível quantia de 92.580 “servidores” públicos.

Vejam que somei “apenas” os tais servidores que são eleitos pela nossa “democracia”. Bom, e quem paga toda essa gente? Quem? Os pobres. O povo, com seus impostos. E pagam quanto a cada um desses 92.580 “eleitos”? Uma fortuna! E retirado de onde para pagar a essa gente? Do povo que ganha um salario mínimo.

Pergunto: quem são os ricos nessa história? Nessa soma absurda? São os tais “servidores” eleitos com salários astronômicos, ou os pobres que sustentam esses servidores? Conclusão: só pode ser os pobres. Lógico, são eles, os pobres, o povo, que com seu salário mínimo que sustenta os eleitos. Eita Brasil!

Agora se você, meu amigo leitor, quiser acrescentar aos “eleitos”, as centenas de secretários municipais, estaduais, Ministros, Judiciário, assessores espalhados por esse país, nas três esferas de governo, ai então esses números se tornam estratosféricos. É a chamada máquina pública. E o mais incrível é vermos que NADA, nada funciona no serviço público. Ao contrário.

O que vemos, agora, é um país falido! Quebrado. E justamente pelo partido que se dizia o “mais ético”. Imagine! Nesse país, apesar dessa máquina gigantesca, nada funciona. Temos Ministério da Saúde, Secretarias estaduais da Saúde, Secretarias municipais da Saúde, e o que vemos é uma saúde no caos, uma saúde cada vez mais doente. Pode isso?

O mesmo ocorre com a Segurança e a Educação. Logo, alguma coisa nesses números estão errados. Parece-me na verdade, que o nosso suposto capitalismo estatal não gera riqueza e sim despesa, ou seja, pobreza, falência, miséria e atraso. Nada se resolve nesse país, apesar do gigantismo dessa máquina pública.

Outras perguntas se fazem necessárias: para que tanto senador? Para quê? Para que tantas cidades criadas? Ora, a quase totalidade das cidades que foram “feitas” (logicamente, com toda a infraestrutura estatal), não o foram por necessidade econômica, e sim por necessidade, ou melhor, por questões politicas. Não é possível isso! Somos um país que não pensa, nem privilegia o racional.

Logo, termino este artigo, com a mesma frase que comecei: Os pobres são as pessoas mais ricas desse país, porque recebendo um salario mínimo, conseguem manter uma quantidade imensa de “funcionários” ganhando no mínimo, numa média, sete vezes mais. 

Adauto Medeiros, engenheiro civil e empresário – adautomedeiros@bol.com.br

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
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