AMOR X ÓDIO, ORA BOLAS! –
Espia, se tem uma coisa que me deixa mortinha de inveja é ver alguém comedido, tranquilo, sereno, sóbrio, controlado… Ufa! Chega a doer tanta harmonia numa pessoa só. Quando vejo gente assim penso: Isso não vale, é jogo sujo! Há um desatino em tudo que nos deixa desconjuntados, desalinhados. Babo só em imaginar o equilíbrio das emoções, disciplinadas pelo bom senso e tranquilidade da alma, regrando sentimentos, intensidades e tempos… Eu, nem de longe, estou nesse time: sou agoniada e cheia de urgências.
Sou dessas, ou seja, intempestiva!
Amo por inteira e, claro, sem reservas. E assim é com tudo que faço e sinto. Sou um vulcão em erupção. Bom, trazendo isso como princípio, confesso que, sendo plena no AMOR, serei explosiva, da mesma forma, naquilo que é o inverso. Sou assim: intensa e inteira em sentidos e sentimentos.
E quando digo: Ora bolas! Não gosto e pronto!
Posso até está sendo taxativa dizendo que odeeeeio essa palavra ÓDIO, e nem me venha com esse papinho de que fui contraditória e, inexplicavelmente, acidental com as palavras. Nada disso! Nem congruente e nem divergente, só não suporto a ideia de um dia sentir ódio. Estou fora!
E daí? Você há de me perguntar.
O que eu quero dizer é que não gosto dessa palavra pelo simples fato de não saber seu real significado. Calma, alto lá! Se você acha que nos “Aurélios” da vida diz exatamente o que é, engana-se. Sinto informar que estás redondamente enganado. Os significados das palavras para serem reais precisam ser sentidas, mas, como entender um sentimento que não nutro?
Sobre o oposto do amor, esse sei bem seu significado, e olhe que não é o ódio. O contrário de amor é indiferença. Essa eu conheço bem, pois a indiferença é algo que dói, faz sangrar a alma; é uma dor que aperta o peito e bagunça o juízo, tira a razão e nos faz transbordar em muitas emoções. A indiferença corta a alma, entra como lâmina afiada no peito, sangra lembranças e encharca os olhos com as lágrimas da saudade.
Ah, como dói!
O que tem tudo isso com o tema Amor versus ódio? E eu que vou saber? Só sei que não consigo falar, escrever ou mesmo relatar algo que não sinto… Pois bem, não vou falar de ódio, já disse lá no início que tenho óooooodio dessa palavra ódio.
Afinal, o ódio nos remete a um sentimento cruel, triste e muito… absurdamente, degenerativo. Degradante e perverso. Nem sei o porquê estou descrevendo sobre essa sórdida palavra, já que ela me causa náuseas, um mal-estar tremendo. Outra coisa, nem de longe quero provar de seu sabor. Só de imaginar ser amargo e “envenenante”, corroendo a alma de quem o sente, matando lentamente, como um câncer que se alastra por todo o corpo/alma, devorando as melhores partes que nos constitui, já me dá calafrios, uma tremedeira do dedão do pé aos fios dos cabelos da cabeça.
Agora, depois de toda essa conversa fiada, uma pergunta que não quer calar, que anda coçando meu juízo:
Se o oposto do amor não é o ódio – logicamente, o inverso também não é – podemos então sentir amor e ódio ao mesmo tempo, pela mesma coisa?
Se assim for, qual seria o oposto do ódio?
Seria a indiferença a peça chave para os opostos do amor e do ódio?
Flávia Arruda – Pedagoga e escritora, autora do livro As esquinas da minha existência, flaviarruda71@gmail.com
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