A EDUCAÇÃO CAPTURADA PELA UTOPIA IDEOLÓGICA –
A educação é a pedra angular do crescimento econômico e do desenvolvimento social, e um dos principais meios para melhorar o bem-estar dos indivíduos, declara o Banco Mundial, o maior financiador da educação no mundo. Mas há algo de podre no reino da educação, o prestígio e a expansão da escola contrastam com uma espantosa pobreza de resultados. Eric Voegelin, filósofo alemão, aponta nos movimentos revolucionários, progressismo, positivismo, psicanálise, comunismo, fascismo, uma raiz que remonta às seitas gnósticas, que põe na terra a idealização de um mundo novo, onde a natureza humana seja consertada. A educação é então seu instrumento predileto. O lema gnóstico é sempre “outro mundo é possível”, assim a utopia gnóstica é um canal alternativo para os impulsos religiosos do homem moderno, que perdido o sentido de transcendência, mergulha nas ideologias que miram a satisfação dos desejos materiais, onde considerações de ordem espiritual ou de consciência se tornam marginais. Os regimes totalitários abraçaram a educação e a doutrinação como sinônimas. John Dewey imaginou a escola como um meio de derrubar barreiras entre as classes e só secundariamente como estabelecimentos de ensino. É a ideia da engenharia social como projeto de reforma social. As políticas educacionais tendem a se uniformizar, passando às mãos de entidades supranacionais, onde o multiculturalismo é uma aposta na convivência pacífica, embora o resultado mais comum seja o discurso de vitimização, ressentimento e rancor. A educação não procura “preparar o homem para a virtude, a maturidade ou a santidade, a educação moderna, na sociedade planejada, é apenas uma boa peça para a máquina social”, escreve Fausto Zamboni em Contra A Escola. A escola passa a ser a instituição adequada a implantar novos fundamentos culturais, demolindo os valores tradicionais para construir uma nova visão de mundo, é portanto um lugar privilegiado para a manipulação do comportamento. Muitos filósofos contribuem para o perfil da escola atual, Nietzche incentiva a libertar-se do peso das tradições, em favor do individualismo, a psicanálise coloca a matriz do conhecimento no inconsciente e seu jogo de forças, movidas por impulso sexual, o Marxismo coloca tudo como subproduto da infra-estrutura econômica, Jacques Derrida nega a verdade no discurso, apontando o sentido construído por mitos e valores, herdados da tradição. As novas gerações, a partir da década de 60, legitimaram a preferência ao relativismo sobre os fatos. As teorias de linguagem se tornaram instrumentos do relativismo, passando o significado de uma palavra de verdadeiro ou falso para adequado ou inadequado, “os discursos não revelam a realidade, mas a criam”, diz Zamboni. Para Rorty, as teorias devem ser aceitas não por corresponder à realidade, mas por produzir um discurso útil e conveniente. O conceito de verdade passa a ser desacreditado, já que não há mais correspondência entre ideias e coisas. Dentro desse panorama de negação da realidade, a escola se transforma num instrumento político, em vez de educacional. A educação agora se dirige contra as injustiças da sociedade, para as quais acredita ter as soluções. O movimento é anti-intelectual e tem características de uma cruzada, pontua Bloom. Os disparates pedagógicas impingidos aos alunos, de que uma sociedade injusta os coloca em condição de vítima, permite que “mantenham a ficção de que a sociedade que os rodeia é brutal e que eles são vítimas dessa injustiça”, diz Theodore Dalrymple. A educação de sempre é a educação para o trabalho, “precisamos de educação porque precisamos trabalhar e trabalhar bem, pois é aí, no trabalho, que tiramos a prova real da eficácia dos métodos empregados na formação, escreve Clístenes Fernandes, que realça “a educação é a pedagogia do oprimido pela ignorância que busca a autonomia para que, por suas próprias pernas, possa buscar o que é bom, belo e verdadeiro; possa trabalhar, contemplar a realidade e ter cada vez mais certeza de que está no caminho certo, caminho sem fim, mas certo”.
Geraldo Ferreira – Pres. SinmedRN
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