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Trump diz que vai à China em abril e que convidou Xi Jinping para ir aos EUA ainda em 2025

Os presidentes da China, Xi Jinping, e dos Estados Unidos, Donald Trump, conversaram por telefone nessa segunda-feira (24).

Pela manhã, quando aconteceu a conversa, a Casa Branca confirmou o telefonema, mas não deu detalhes. Pouco tempo depois, em um post na rede Truth Social, o presidente americano afirmou que ela foi “muito boa” e que temas como a proposta de paz para a guerra da Ucrânia contra a Rússia, fentanil, soja e outros produtos agrícolas foram discutidos.

Trump também contou que aceitou um convite feito pelo líder chinês para visitar Pequim em abril, e que o retribuiu, convidando Xi para uma visita de Estado aos EUA ainda este ano.

“Nossa relação com a China é extremamente forte! Esta ligação foi uma continuação de nossa reunião muito bem-sucedida na Coreia do Sul, há três semanas. Desde então, houve um progresso significativo de ambos os lados para manter nossos acordos atualizados e precisos”, afirmou Trump.

 

Segundo a agência de notícias estatal chinesa Xinhua, a situação de Taiwan, que está causando uma crise diplomática entre o governo chinês e o Japão, também foi debatida.

Xi teria dito a Trump que a devolução de Taiwan à China é uma parte importante da ordem internacional e que os dois países devem salvaguardar conjuntamente os resultados vitoriosos da Segunda Guerra Mundial.

“A China e os Estados Unidos já lutaram lado a lado contra o fascismo e o militarismo, e agora devem trabalhar juntos para salvaguardar os resultados da Segunda Guerra Mundial”, disse Xi, citado pela agência.

 

Há 11 dias, a nova primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, causou um mal-estar com o governo chinês ao afirmar no Parlamento que poderia enviar tropas para apoiar Taiwan caso a China iniciasse uma ação militar na ilha.

Pequim considera Taiwan, governada democraticamente, como seu próprio território e não descarta o uso da força para assumir o controle da ilha. O governo de Taiwan rejeita as reivindicações de Pequim e afirma que somente o povo da ilha pode decidir seu futuro.

Donald Trump e Xi Jinping firmam compromissos para reduzir tensão comercial entre EUA e China

Ainda de acordo com a Xinhua, Xi festejou com Trump o fato dos dois países estarem em um momento positivo em suas relações bilaterais, mas afirmou que deveriam ampliar a lista de cooperação entre eles.

Xi e Trump se encontraram na Coreia do Sul em 30 de outubro, após meses de tensões comerciais desencadeadas pelas políticas tarifárias de Trump. Desde então, a China retomou as compras de soja dos EUA e suspendeu as restrições ampliadas às exportações de terras raras, enquanto os EUA reduziram as tarifas sobre a China em 10%.

“Os fatos mostram, mais uma vez, que a cooperação beneficia ambos os lados, enquanto o confronto prejudica ambos”, teria dito o presidente chinês.

Tensão China X Japão: entenda

As relações do Japão com a China caíram para o nível mais baixo em anos, em disputa desencadeada por declarações da primeira-ministra Sanae Takaichi. Conhecida como “dama de ferro japonesa”, ela causou uma crise diplomática ao afirmar, em 7 de novembro, que um ataque chinês contra Taiwan poderia representar uma “situação que ameaça a sobrevivência” e desencadear resposta militar.

A China reivindica a ilha separatista, que tem governo democrático próprio, como parte de seu território. Em 13 de novembro, o Ministério das Relações chinês exigiu que a premiê retirasse o que chamou de falas “ultrajantes”. O episódio mais recente ocorreu nesta quinta-feira (20), quando o presidente taiwanês, Lai Ching-te, postou fotos comendo sushi e citou apoio ao Japão em meio ao atual conflito.

Entenda, abaixo, a cronologia do caso:

  • 31 de outubro – O presidente da China, Xi Jinping, se reuniu com Sanae Takaichi, que havia sido eleita em 21 de outubro. O encontro ocorreu à margem da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), na Coreia do Sul. Ambos concordaram em buscar relações construtivas e estáveis.
  • 1º de novembro – A China protestou veementemente contra as postagens de Takaichi nas redes sociais sobre o encontro com autoridades taiwanesas durante a cúpula da Apec.
  • 3 de novembro – Um funcionário da administração de Taiwan rejeitou os protestos chineses, classificando o encontro com Takaichi como “muito normal”.
  • 7 de novembro – Takaichi disse ao Parlamento que um ataque a Taiwan poderia ser considerado “uma situação que ameaça a sobrevivência do Japão”, um termo jurídico que permite aos primeiros-ministros mobilizar as Forças de Autodefesa do país. Foi mais um dos eventos da coleção de polêmicas e gafes acumuladas pela premiê.
  • 8 de novembro – Em um comentário nas redes sociais que foi posteriormente apagado, o cônsul-geral da China, Xue Jian, que fica a cidade japonesa de Osaka, disse: “A cabeça suja que se mete onde não deve ter deve ser cortada”. Era uma referência às declarações de Takaichi sobre Taiwan.
  • 10 de novembro – A China apresentou representações solenes e protestos veementes contra as declarações de Takaichi. Ela respondeu falava em situações “hipotéticas” e prometeu se abster de fazer comentários semelhantes no Parlamento novamente. O Japão criticou o comentário “extremamente inapropriado” do diplomata chinês, enquanto Pequim defendeu a “postagem pessoal” de seu enviado como uma resposta a comentários “equivocados e perigosos” da premiê.
  • 11 de novembro – Alguns políticos japoneses pediram a expulsão do funcionário consular chinês Xue Jian em Osaka devido ao comentário feito por ele.
  • 12 de novembro – A mídia estatal chinesa publicou comentários virulentos criticando as declarações de Takaichi.
  • 13 de novembro – A China exigiu que Takaichi se retratasse de suas declarações sobre Taiwan, que classificou como “atrozes”, alertando que, caso contrário, o Japão “terá que arcar com todas as consequências”.
  • 14 de novembro – A China alertou o Japão sobre uma derrota militar “esmagadora” caso utilize a força para intervir em Taiwan, e desaconselhou os cidadãos chineses a visitarem a ilha. O Ministério das Relações Exteriores do Japão convocou o embaixador chinês, em protesto contra as declarações do cônsul-geral Xue Jian em Osaka.
  • 15 de novembro – Três companhias aéreas chinesas ofereceram reembolsos ou alterações gratuitas em voos com destino ao Japão. O governo japonês pediu “medidas apropriadas” da China.
  • 16 de novembro – A China instou seus estudantes no Japão, ou pessoas que desejam estudar lá, a intensificarem a avaliação de riscos e a planejarem com prudência. Uma formação de navios da Guarda Costeira chinesa passou pelas águas das Ilhas Senkaku, administradas pelo Japão, um ponto de tensão histórico entre os dois países.
  • 17 de novembro – Distribuidoras de filmes chinesas suspenderam a exibição doméstica de pelo menos dois filmes japoneses. A China afirmou que o primeiro-ministro Li Qiang não tinha planos de se encontrar com Takaichi à margem da cúpula do G20, no fim de semana na África do Sul.
  • 18 de novembro – A reunião entre diplomatas chineses e japoneses em Pequim não resultou em avanços significativos, com a China reiterando o pedido para que Takaichi se retratasse de suas declarações. O Japão afirmou que as declarações estavam em consonância com suas posições de longa data e instou seus cidadãos na China a tomarem maiores precauções de segurança.
  • 19 de novembro – A China informou ao Japão que os procedimentos de importação de frutos do mar japoneses eram insuficientes, indicando uma proibição total dessas importações poucos meses após a suspensão parcial das restrições. Também suspendeu as negociações sobre a retomada das importações de carne bovina do Japão, segundo a agência de notícias Kyodo. O governo chinês ameaçou tomar novas medidas caso o Japão não se retratasse das declarações sobre Taiwan.
  • 20 de novembro – A China adiou o encontro tripartite de ministros da Cultura com o Japão e a Coreia do Sul, previsto para novembro. O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, postou fotos comendo sushi, demonstrando apoio ao Japão na atual disputa.

 

 

 

 

 

 

Fonte: G1

Ponto de Vista

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