Zohran Mamdani chegará à prefeitura de Nova York com uma lista extensa de desafios. O democrata venceu as eleições nesta terça-feira (4) prometendo reduzir o custo de vida dos nova-iorquinos e ampliar a oferta de serviços públicos gratuitos.
Apesar das propostas, especialistas e a imprensa americana questionam a viabilidade econômica do plano de Mamdani. Além disso, o futuro prefeito enfrentará a oposição do presidente Donald Trump, que o chamou de “comunista” e ameaçou cortar verbas federais destinadas à cidade.
Durante a campanha, Mamdani prometeu:
Em entrevista à BBC durante a campanha, Mamdani disse que seu foco é reduzir o custo de vida na cidade. “É hora de entendermos que defender a democracia não é apenas enfrentar uma administração autoritária”, afirmou.
“É garantir que essa democracia consiga atender às necessidades materiais da classe trabalhadora aqui mesmo. Isso é algo em que temos falhado em Nova York.”
Para bancar boa parte desse programa, Mamdani elaborou um plano que prevê arrecadar US$ 10 bilhões taxando os nova-iorquinos mais ricos: US$ 5 bilhões viriam da elevação do imposto corporativo estadual e US$ 4 bilhões de um novo tributo municipal sobre rendas anuais acima de US$ 1 milhão.
Ele também disse que a nova gestão vai economizar cerca de US$ 1 bilhão por ano com medidas de eficiência administrativa.
O Instituto Cato, de orientação liberal e apartidária, publicou um estudo questionando os cálculos apresentados pela campanha de Mamdani.
O prefeito eleito ainda deve enfrentar mais um obstáculo para alcançar a arrecadação prevista no projeto: a governadora de Nova York, Kathy Hochul — também democrata e apoiadora de sua campanha.
Hochul já afirmou que não pretende levar adiante o aumento de impostos estaduais, mas sinalizou disposição para colaborar em áreas específicas do plano, como a expansão das creches universais.
Além disso, Mamdani encara resistência dentro do próprio Partido Democrata. Lideranças moderadas temem o impacto nacional de uma gestão mais à esquerda e questionam a capacidade do novo prefeito para negociação e experiência administrativa.
Ideias que envolvem a pauta identitária do democrata e o enfraquecimento da polícia também podem sofrer resistência dos eleitores de Nova York.
Durante a campanha eleitoral, Trump atacou Mamdani diversas vezes. Em julho, após as primárias do Partido Democrata, o presidente o chamou de “lunático comunista”, intensificando os ataques nos últimos dias.
No domingo (2), em entrevista ao programa 60 Minutes, da rede CBS, Trump disse que cortaria verbas federais para Nova York se Mamdani fosse eleito.
“Se ele vencer, vai ser difícil enviar dinheiro a Nova York, porque não faz sentido enviar dinheiro a comunistas”, declarou.
No dia seguinte, Trump reforçou as ameaças nas redes sociais e declarou apoio à candidatura do ex-governador Andrew Cuomo — também democrata, que concorreu como candidato independente após ser derrotado por Mamdani nas primárias do partido.
“É minha obrigação governar a nação, e tenho a firme convicção de que a cidade de Nova York será um completo desastre econômico e social caso Mamdani vença”, publicou.
“Quer você goste pessoalmente de Andrew Cuomo ou não, realmente não há escolha. Você deve votar nele e torcer para que faça um trabalho fantástico. Ele é capaz disso. Mamdani, não.”
Nesta terça-feira (4), Mamdani disse que não pretende se intimidar pelas ameaças de Trump.
“Como próximo prefeito desta cidade, pretendo utilizar todas as ferramentas à minha disposição para lutar pelo seu povo. Isso significa usar os tribunais, a influência política e garantir que cumpramos a lei à risca. Sei que isso ameaça Donald Trump”, afirmou.
Fonte: G1
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