Aldemir Freire
O IBGE divulgou os dados da PNAD Contínua do segundo trimestre de 2015. A pesquisa revela uma grande radiografia do mercado de trabalho brasileiro, com dados conjunturais para todas as Unidades da Federação.
O que vem me chamando a atenção na série histórica (que começou no primeiro trimestre de 2012) da pesquisa no RN é a progressiva convergência da taxa de desocupação entre homens e mulheres.
No primeiro trimestre de 2012 a taxa de desocupação das mulheres no RN era de 14,3%, contra uma taxa de 9,6% para os homens. Progressivamente ao longo dos trimestre seguintes essas taxas foram convergindo, com queda da desocupação feminina e aumento da masculina.
No segundo trimestre de 2015 essas taxas estão rigorosamente iguais: 11,6%.
No Brasil essa igualdade não corre. No período de abril a junho de 2015 a taxa de desocupação das mulheres no Brasil foi de 9,8%, contra 7,1% para os homens. O mesmo ocorre para o Nordeste. Nesse mesmo trimestre a desocupação do sexo feminino ficou em 11,9% e na população masculina em 9,1%.
Uma primeira explicação que eu tenho para esse caso no RN está no comportamento do emprego setorial no período. Ultimamente duas atividades tem registrado forte queda nas ocupações no estado. O primeiro deles é a construção civil, que entre o primeiro trimestre de 2014 e o segundo de 2015 perdeu 59 mil postos de trabalho no estado. Outro setor relevante é o da agropecuária: entre o começo de 2012 e a última divulgação da PNAD Contínua o setor perdeu 49 mil ocupações.
Assim dois setores com predomínio de trabalhadores masculinos tiveram uma redução de 108 postos de trabalho nos últimos trimestres. Esse movimento fez com que a taxa de desocupação masculina crescesse no período. Por outro lado, como são setores que demandam trabalhadores de mais baixa qualificação, esse pessoal que foi dispensado dessas atividades tiveram dificuldade de ingressar em outras.
E aqui entra o outro lado da moeda: nos últimos trimestre o setor de serviços, notadamente a atividade de “administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”, foi a que se destacou na geração de ocupações no estado. Nesse setor a presença feminina é bem mais expressiva do que na agropecuária e na construção civil. Com isso as mulheres foram mais beneficiadas pela dinâmica setorial do mercado de trabalho potiguar.
Aldemir Freire – Economista, Chefe da Unidade estadual do IBGE/RN
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