O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, informou que o governo brasileiro vem buscando negociação, desde o anúncio das medidas unilaterais feito pelo governo norte-americano, com “base em diálogo, sem qualquer contaminação política ou ideológica”.
A informação foi divulgada por meio de nota à imprensa na última semana antes do início do tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Se nada for alterado, a determinação do republicano que prevê uma sobretaxa de 50% às importações brasileiras terá validade a partir da próxima sexta-feira (1º).
“Reiteramos que a soberania do Brasil e o estado democrático de direito são inegociáveis. No entanto, o governo brasileiro continua e seguirá aberto ao debate das questões comerciais, em uma postura que já é clara também para o governo norte-americano”, declarou o MDIC, em nota à imprensa.
Avaliou, ainda, que o Brasil e os Estados Unidos mantêm uma “relação econômica robusta e de alto nível há mais de 200 anos”.
“O governo brasileiro espera preservar e fortalecer essa parceria histórica, assegurando que ela continue a refletir a profundidade e a importância de nossos laços”, acrescentou.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, desembarcou neste domingo nos Estados Unidos e poderá ir a Washington discutir uma saída para o tarifaço se o governo americano demonstrar interesse em dialogar.
Oficialmente, Vieira participará de agendas na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, sobre a questão palestina.
A TV Globo/GloboNews apurou que o chanceler indicou que estaria no país em sinal de disposição para o diálogo, mas que só irá à capital americana se houver uma sinalização positiva do governo dos EUA para retomar as negociações sobre as tarifas.
Segundo números da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), o aumento da tarifa de importação dos Estados Unidos a produtos brasileiros tem o potencial de afetar quase 10 mil empresas brasileiras que exportam para o governo norte-americano.
Essas empresas, por sua vez, empregam 3,2 milhões de pessoas no Brasil.
Neste mês, Geraldo Alckmin lembrou que empresas norte-americanas que atuam no Brasil, como a General Motors, a Johnson & Johnson, a Caterpillar também teriam perdas com a imposição da tarifa anunciada por Trump.
“Nós queremos todo mundo unido para resolver essa questão. E as empresas têm um papel importante, tanto as brasileiras, que, aliás tem empresa brasileira que tem indústria nos Estados Unidos, quanto as empresas americanas. A General Motors comemorou esse ano, participei do seu centenário no Brasil. A Johnson & Johnson tem 90 anos, a Caterpillar tem 70 anos, muitas delas exportam para os Estados Unidos”, disse Alckmin na ocasião.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por sua vez, informou que a área econômica já trabalha em um plano de contingência para ajudar os setores afetados pelo eventual tarifaço.
“Não vamos deixar ao desalento os trabalhadores brasileiros, vamos tomar medidas necessárias”, declarou o ministro Haddad.
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