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RN deve ter chuvas dentro da normalidade nos próximos três meses, diz Emparn

A Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn) espera chuvas dentro da normalidade no Rio Grande do Norte entre os meses de março, abril e maio.

O anúncio foi feito em uma reunião climática, que teve participação de órgãos e especialistas em meteorologia do Nordeste e do Estado, nesta quarta-feira (23), além de autoridades locais, como a governadora Fátima Bezerra (PT).

De acordo com o órgão, houve uma mudança na expectativa que era de chuvas acima da normalidade neste período em função da alta temperatura do Oceano Atlântico.

A perspectiva era ainda maior diante do bom cenário ocorrido no mês de janeiro em todo o estado, em que a média chuvosa foi de 144 milímetros quando era esperado 55 milímetros – foi o janeiro mais chuvoso desde 2004.

Quantidade de chuva

De acordo com a previsão apontada pela Emparn, o mês mais chuvoso deste período será abril, com perspectiva de média de 164 milímetros. Março tem previsão de média de 159 mm e maio de 108 mm.

Esses meses, segundo o meteorologista Gilmar Bistrot, são tradicionalmente os mais chuvosos do ano no estado e “contribuem com quase 60% das chuvas que acontecem no interior”.

A previsão inicial era de um período ainda mais chuvoso, acima da normalidade.

O quadro pode melhorar e voltar a atingir o patamar anterior caso haja, nesse período, uma diminuição da temperatura no oceano.

“Isso poderá mudar caso o Atlântico Norte apresente uma diminuição da temperatura em torno de meio grau e aí nós teremos situação modificada, podendo sim aumentar as condições de chuva no interior do RN”.

Regiões mais afetadas

A Emparn prevê que a Região Leste do RN, que inclui parte do litoral potiguar, incluindo a capital Natal e a Região Metropolitana, será a com maior taxa de chuvas neste período, com um acumulado de 533 milímetros.

A Região Central também é citada pelo meteorologista Gilmar Bistrot, que diz que haverá “alguma dificuldade de chuva na região de Mossoró”.

Segundo a previsão da Emparn, a região que menos terá acumulado de chuva nesse período será o Agreste, com 342 mm nos três meses.

Reservatório de água

Para o diretor-presidente do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), Auricélio Costa, os dois primeiros meses do ano foram positivos para aumentar o volume de água dos reservatórios potiguares.

Segundo ele, a expectativa de chuvas dentro da normalidade é visto de maneira positiva. O diretor aponta que o nível atual de reservas é de 38% e que a expectativa é de que se atinja os 50% nesse período.

“Tivemos uma série de anos secos. Os reservatórios atualmente estão com 38% das suas reservas e nós esperamos que com essa boa perspectiva de chuva possamos atingir ou passar os 50%. Isso nos dá maior segurança hídrica e maior possibilidade de abastecimento público, bem como maior disponibilidade de água para produção agropecuária, que fortalece o estado”, pontuou.

Segundo o meteorologista Gilmar Bistrot, “essa chuva bem distribuída poderá trazer um alívio para os reservatórios. Não vai enchê-los, mas poderá amenizar a situação”.

Para a governadora do RN, Fátima Bezerra, que participou da reunião, será um “bom inverno, pincipalmente se a gente comparar com 2021, que foi um ano muito difícil e com chuvas abaixo do normal, inclusive com regiões como a Agreste e Potengi que passaram por muitas dificuldades”.

Programa das sementes

Esse período de chuvas mais intensas é esperado e monitorado também para o plantio no interiores do estado. Por conta dessa previsão para os próximos meses, com boa perspectiva, o governo iniciou a distribuição das sementes para os agricultores.

“O que mais é pedido à nós pela governadora é para o Programa de Sementes, que precisa estar pronto para o início das chuvas, com segurança”, explicou o secretário de Agricultura, da Pecuária e da Pesca, Guilherme Saldanha.

“Desde 15 dias atrás, nós realizamos a entrega das sementes em todo o RN e nessa virada agora para março, com o inverno se consolidando, o agricultor vai estar com a semente para no momento certo poder plantar com maior segurança e ter uma colheita farta”.

Segundo a governadora do RN, Fátima Bezerra, foram mais de 705 mil toneladas entregues a agricultores.

Fonte: G1RN

Ponto de Vista

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