REFLEXÕES SOBRE VIVER –
Eu bem que gostaria de possuir a espontaneidade e a segurança do cantor Gonzaguinha, ao interpretar a música “O que É o que É”, precisamente, quando bradava: “Viver e não ter a vergonha de ser feliz. Cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz…”. Porém, não consigo.
Não consigo, porque logo vem a memória o que acontece ao nosso redor e me vejo, fazendo perguntas e comparações do tipo: Qual jovem cantará a “beleza de ser um eterno aprendiz”, vivendo na Faixa de Gaza, sob a expectativa de ir pelos ares junto com seus familiares a qualquer momento ante um dos muitos artefatos mortais, lançados por Israel sobre suas cabeças?
Como pode alguém repetir “que a vida é bonita, é bonita e é bonita…”, sob a crueldade da dúvida de saber onde cairão as próximas bombas e morteiros, lançados por Moscou sobre Kiev, numa guerra que já dura mais de três anos?
Concordo quando ele afirmava, que a vida “…é um mistério profundo, é um sopro do Criador, numa atitude repleta de amor…”. Aí me surge a pergunta: Qual governante, na atualidade, pratica o mandamento do Criador de “amar ao próximo como a si mesmo”, já que todos desprezam quaisquer atitudes assemelhadas à prática de amar os desassistidos antes de si mesmo e dos seus?
Quantos, dentre milhões de nossos irmãos, ante as dificuldades que enfrentam no dia a dia, sequer se arriscam a pensar, “…que a vida poderia ser bem melhor e será” e, ainda assim, continuam repetindo “…é bonita, é bonita e é bonita”? A verdade é que na atualidade está difícil exaltar a beleza da vida, se tomarmos por referência a vida de desventuras de incontáveis outros semelhantes a nós.
Nos aproximamos da Semana Santa, período em que revivemos a dolorosa Paixão e Morte de Cristo, Nosso Senhor. Período esse onde comungamos a abstinência ante o sofrimento do Salvador do Mundo, enquanto nos quedamos em reflexões sobre a vida.
Vejo o mundo virado de ponta cabeça como se assim fosse a normalidade do viver. De que vale abominarmos a mentira, se a inverdade é cantada aos quatro ventos do planeta. De que nos servem os ensinarmos sobre compaixão, onde imperam exemplos de inclemência e de brutalidade.
Multiplicam-se os vales de trevas em diferentes partes do planeta, onde viver não é felicidade e onde nada existe de bom ou bonito na vida de muita gente. É comum neste período do ano vermos corações endurecidos mostrarem resquícios de benevolência, embora por lapsos de tempo. Talvez um teste para nos lembrar que somos seres criados à imagem e semelhança do Salvador.
Que nesta Semana Santa abramos os nossos corações para conceder alguns poucos momentos de conforto e de solidariedade aos necessitados que nos arrodeiam, provando a nós mesmos que somos humanos tais quais eles, diferenciados apenas pelos bens que possuímos.
Viver poderia ser bem melhor para muitos de nossos irmãos, mas será que desejamos que assim seja? Cá entre nós, “eu fico com a pureza da resposta das crianças”. Sim, “…a vida, é bonita e é bonita!”
José Narcelio Marques Souza – Engenheiro civil
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