QUAL VINHO EU LEVO? –

Estou certo que essa indagação já povoou sua mente, ao ser convidado para uma noite de “vinhos e queijos” ou um “jantarzinho” na casa de um amigo.

Ou não?!

Não rejeite o convite, nem por “cem e uma cocada”. Sempre haverá um motivo para esse encontro.

Um vinho tem a capacidade de aglutinar velhos e novos amigos, cujas histórias de vida se nivelam a cada deleite de uma taça “dançarina” e “exaladora” de aromas que aguçam sua imaginação.

Palavras encantadas surgirão à medida que as rolhas vão saltando em “ploc” das garrafas, que de lá, na origem, até esse momento parece que foi feita exclusivamente para esta noite.

Suave, macio, aveludado, aromático, equilibrado, encorpado… Surgirão ao primeiro gole do néctar dos deuses, a deslizar libertadoramente pelas papilas gustativas.

Agora complicou!

Isso é apenas um rito da degustação, que ao tempo que fascina alguns, intriga os iniciantes com tamanho “dicionário” para um simples “tomar (sic)” vinho.

O caminho para o aprendizado é e sempre será o treinamento, a partir da premissa “isso é muito complicado”.

No caso do vinho, o caminho é o “educativo”. Visão, olfato e paladar (nesta ordem) evoluirão de acordo com o tempo e com a aquisição de um saber consciente, sobre o fascínio do vinho e de tudo que se relaciona com ele.

Nada de pressa!

A infinidade de descobertas é individual.  Meu tempo é diferente do seu. Meu interesse é diferente do seu. Algo que me encanta pode assustar você. O segredo deste “alucinado” mundo do vinho não é “todo o conhecimento”, mas, em se dedicando, ser crítico e verdadeiro sobre o seu gosto.

Neste momento, o princípio e todo o processo de elaboração, produção e etapas, até a escolha para levar sua “quota” para a agradável noite com os amigos, é menos significante que o próprio momento de compartilhar vivências e sorrisos.

Como o anfitrião – que recebe convivas à sua mesa, não especificou os itens para este especial banquete dionisíaco (na mitologia grega, Dionísio era o deus do vinho, pois possuía os conhecimentos e segredos do plantio, da colheita da uva e da produção do vinho), resta a você estar atento a alguns pequenos detalhes, a saber:

Um pedacinho de queijo mastigado deixa sua boca com um residual de gordura e sal que exigirá do vinho a harmonização perfeita, ou seja, nem o sabor do queijo deve sobressair e nem o do vinho também. Um complementa o outro. Equilibram-se, ou seja, se harmonizam.

Sem muito compromisso, faça uma mescla de queijos de mofo branco, como o Camembert, e o Brie; de queijos de mofo azul, como o Gorgonzola e o Roquefort; de queijos tipo suíço, como o Gruyère; de queijos suaves, como o Gouda, o Itálico, e o Emmenthal; de queijos de sabor forte, como, o Parmesão, o Provolone, e o Cheddar; e de queijos cremosos com sabores especiais, como o Rambol nas versões Saumon, Provençale.

Bem, se tem queijo, normalmente deve “emparelhar” geleias de frutas vermelhas e como “parceiro” o pão, preferencialmente o italiano, completando assim o quarteto perfeito para receber os diversos vinhos (caso não seja combinado previamente), de variadas castas de uvas.

Assim, você pode ficar tranquilo e levar um vinho Pinot Noir, Malbec, Bonarda, Cabernet Sauvignon, Chianti, Sangiovese, Merlot ou até mesmo um português do Douro ou do Alentejo.

Em média, o consumo por pessoa é de 120g de queijo e de meia garrafa de vinho por participante (quer deguste ou não).

Assim, a noite perfeita será agora de queijos, geleias, pão e vinho, para o deleite de um grande momento de alegria com amigos, amantes, e amados.

Lembre-se: o vinho nasceu para dar prazer a quem o degusta e não para satisfazer o gosto do outro.

Ainda em dúvida, qual vinho levar?

 

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil e Consultor (josuacosta@uol.com.br)

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
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