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Protestos e paralisações contra cortes na educação ocorrem em todos os estados e no DF

Ao menos 222 cidades do Brasil, segundo levantamento, tiveram manifestações, nessa quarta-feira (15), contra o bloqueio de recursos para a educação anunciado pelo Ministério da Educação (MEC). Houve atos em todos os estados do país e também no Distrito Federal.

Universidades e escolas também fizeram paralisações, após a convocação de uma greve de um dia por parte de entidades ligadas a sindicatos, movimentos sociais e estudantis e partidos políticos. Os atos foram pacíficos.

Foi a primeira grande onda de manifestações durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, pouco mais de quatro meses após ele ter tomado posse. Em Dallas (EUA), Bolsonaro classificou os manifestantes de “idiotas úteis” e “imbecis”. Mais tarde, por meio do porta-voz Otávio Rêgo Barros, disse que as manifestações de “legítimas e democráticas, desde que não se utilizem de violência, nem destruam o patrimônio público”.

A reação às declarações de Bolsonaro apareceu em faixas nos protestos e também em críticas nas redes sociais.

Ao Blog do Camarotti, auxiliares do governo entendem que uma fala do ministro da Educação Abraham Weintraub turbinou as manifestações. Em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo” em 30 de abril, o ministro sinalizou cortes em universidades onde houvesse “balbúrdia”.

Na tarde dessa quarta-feira (15), manifestantes protestaram na Avenida Paulista contra os cortes na educação. O ato se concentra em frente ao vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp); os dois sentidos da via foram interditados.

Pela manhã, na capital paulista, estudantes e professores da Universidade de São Paulo (USP) — que é estadual, mas foi afetada pela suspensão de bolsas de pós-graduação — fecharam uma das entradas da instituição, na Zona Oeste da cidade.

Estudantes secundaristas também faziam manifestação, pouco depois das 7h, pelas ruas de Higienópolis, bairro nobre da região central de São Paulo.

Em Campinas, no interior do estado, houve dois atos. Em um deles, a avenida que dá acesso aos campus da Unicamp e da PUC-Campinas foi bloqueada no início da manhã estudantes. Em seguida, manifestantes encheram o Largo do Rosário. Em Sorocaba, também no interior, alunos e professores se reuniram em uma praça no centro da cidade. Outras cidades da região, como Jundiaí, São Roque, Salto, Itu e Porto Feliz, também tiveram manifestações e paralisações.

Em Santos, no litoral, petroleiros também se juntaram ao movimento, que também incluiu a defesa das refinarias e o protesto contra a privatização e a reforma da Previdência. Durante a manhã, ocorreram protestos em Cubatão, na Baixada Santista, e em Registro, no Vale do Ribeira.

Em Bauru, estudantes e professores protestaram em ato em frente à Câmara Municipal. Também houve atos e paralisações em Ourinhos, Marília, Assis e Tupã. Estudantes e servidores de Boituva, Campina do Monte Alegre, Avaré e Itapetininga também participaram de atos.

Também no interior, estudantes da USP e da Unesp fizeram atos em Ribeirão Preto, Jaboticabal, Franca e Sertãozinho, além de Presidente Prudente e Piracicaba. Em Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba e Suzano, no Alto Tietê, professores e estudantes se manifestaram pela manhã. Araraquara, Rio Claro, São Carlos, São João da Boa Vista e Araras também registram atos de alunos.

No Noroeste Paulista, alunos fizeram manifestações em Catanduva, São José do Rio Preto, Araçatuba, Votuporanga e Ilha Solteira.

No Vale do Paraíba, escolas e universidade em São José, Taubaté e Guaratinguetá não funcionaram nesta manhã. Também houve protesto em Bragança Paulista.

No Rio, manifestantes se reuniram na Candelária, no Centro, para protestar. Também havia movimentação na Praça XV. Houve interdições nas avenidas Presidente Vargas e Rio Branco. Cerca de 150 mil pessoas participaram, segundo os organizadores. A Polícia Militar não divulgou estimativa.

Após o ato, um ônibus foi incendiado. Pessoas dispararam rojões e fogos e a PM respondeu com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo. Não houve feridos.

Universidades e escolas suspenderam as atividades para protestar. No início da manhã, não havia movimentação em escolas tradicionais como o Colégio Pedro II. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Estadual da Zona Oeste (Uezo) e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro estão entre as que confirmaram paralisação. Na Região Metropolitana, houve atos em Duque de Caxias, Itaguaí, Niterói e Nova Iguaçu.

Na Região Serrana, houve manifestações em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo e algumas escolas estão sem aulas. Na Região dos Lagos, estudantes do IFF se reuniram em Maricá. Protesto também foi registrado em Cabo Frio.

No Sul do Rio, houve atos em Valença, Volta Redonda e Angra dos Reis.

Em Vitória, estudantes e professores da rede estadual de ensino seguiram em protesto da Praça do Papa em direção à Assembleia Legislativa do Espírito Santo. Também houve atos em Linhares, Colatina, Nova Venécia e Alegre.

Estudantes e professores do Instituto Federal de Rondônia (Ifro) fizeram um manifesto no campus do Ifro de Guajará-Mirim (RO), na fronteira com a Bolívia. Os alunos e servidores se reuniram no Ifro e logo depois caminharam até a rotatória principal da cidade.

Em Porto Velho, estudantes da Fundação Universidade Federal de Rondônia (Unir) protestaram no centro da cidade.

Em Vilhena, a manifestação foi convocada por sindicatos de professores junto com instituições de ensino. Na cidade de Cacoal, alunos e professores protestaram no Centro. Também houve protesto nas ruas de Ariquemes.

Professores, estudantes e funcionários protestam contra cortes na Educação em Praça no Centro de Macapá — Foto: Ugor Feio/G1 AP

Estudantes, professores e servidores protestaram no campus Macapá da Universidade Federal do Amapá (Unifap). Com faixas, cartazes e caixas de som, o grupo fechou a entrada da universidade, localizada na Zona Sul da capital. À tarde, houve ato na praça da Bandeira, em Macapá: 25 mil pessoas participaram, segundo a organização; para a PM, foram 1,5 mil pessoas.

Fonte: G1

Ponto de Vista

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