POR QUE A HUMANIDADE ESTÁ SE AGREDINDO TANTO? –
Reflexões em meio ao barulho do mundo
Em temporada que a tecnologia permite conversar com alguém do outro lado do planeta em segundos, por que parece que estamos cada vez mais distantes uns dos outros? Em uma época de tantos avanços científicos e conexão digital, por que sentimos que a humanidade está se agredindo tanto, nas palavras, nas ruas, nas redes sociais, nas guerras, nas ideologias?
Talvez a resposta não seja única, mas o desconforto é real. E ignorá-lo não ajuda. É hora de perguntar e tentar entender?
Na era do excesso e da impaciência, nunca tivemos tão expostos à informação. A cada minuto, somos bombardeados por opiniões, manchetes e estímulos. Mas esse excesso de dados não vem acompanhado de uma educação emocional proporcional. Falta escuta. Falta pausa. Falta tempo para digerir.
O resultado é: intolerância, discussões rasas, reações impulsivas e uma crescente incapacidade de lidar com o diferente.
O medo funciona como o combustivo da agressividade. Crises ambientais, insegurança econômicas, ameaças à saúde, instabilidade política. O medo se espalha como uma sombra silenciosa. E quando o ser humano tem medo, ele se defende. Às vezes com silêncio. Às vezes com fúria.
A agressividades, nesse contexto, não é força, é fraqueza disfarçada de escudo. É grito de socorro mal canalizado.
A desigualdade é a raiz da revolta. Muitos agridem porque estão sendo agredidos há muito tempo, por sistemas, por negligências ou por exclusão. Não se constrói paz onde a desigualdade humana é negada.
Enquanto houver quem precise lutar diariamente por respeito básico, a humanidade continuará se debatendo entre raiva e sobrevivência.
As heranças das dores não curadas, fazem parte da história marcada por conflitos constantes. Colonizações, escravidões, ditaduras e genocídios. Traumas coletivos que não foram devidamente curados. Eles continuam ecoando nos discursos, nos preconceitos e nas divisões.
A agressividade muitas vezes é o fantasma desse passado mal resolvidos, travestidos de orgulho ou de ideologia.
E quanto as guerras internas ou as projeções externas? É mais fácil criticar o outro do que olhar para dentro. É mais confortável apontar os erros do que encarar as próprias sombras.
A humanidade se agride tanto porque muitas vezes, cada um de nós está em guerra consigo mesmo. E sem perceber, transforma o mundo no campo de batalha de seus próprios conflitos não elaborados.
Será que podemos fazer algo? A resposta talvez seja simples e ao mesmo tempo, complexa: cultivar lucidez.
Lucidez para respirar antes de reagir. Lucidez para escutar de verdade. Lucidez para perceber que o outro é, no fundo, tão humano e vulnerável quanto nós. Lucidez para curar a si mesmo e assim contribuir para um mundo menos inflamado.
A paz começa onde a coragem substitui o medo. A humanidade não precisa mais de gritos. Precisa de mais coragem. Coragem para dialogar. Para perdoar. Para aprender. Para transformar.
E se alguém perguntar “por que tanta agressividade?”, talvez a resposta seja: “porque ainda não aprendemos a nos amar e a amar o outro de forma madura e consciente”.
Mas estamos aprendendo. Um passo de cada vez. Uma escolha de cada vez. Assim espero.
José Alberto Maciel Oliveira – Representante comercial aposentado
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