Um filhote de tartaruga marinha, de 9 centímetros de comprimento e 60 gramas, foi encontrado encalhado e expelindo resíduos sólidos na Praia de Búzios, no município de Nísia Floresta, na Grande Natal. O caso chamou a atenção de pesquisadores do RN por ser considerado raro – e inédito no estado – tartarugas nesta fase de desenvolvimento ingerirem lixo, além de pouco registrado também o encalhe nesta idade. Ela foi resgatada.
A tartaruga, da espécie conhecida como “Cabeçuda” ou cientificamente chamada de ‘Caretta caretta”, foi encontrada encalhada na praia na terça-feira passada (2) por moradores da região, que acionaram a ONG Oceânica. Na sequência, o projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), que trabalha com pesquisa e reabilitação de animais marinhos, foi chamado.
“Uma das grandes ameaças a esses animais é a ingestão de resíduos sólidos, como plásticos por exemplo, que causam danos que, na maioria das vezes, levam o animal à morte. No caso desse filhote em especial, foi registrado plástico duro sendo expelido da sua cloaca. Esse animal está em uma fase de desenvolvimento que os pesquisadores chamam de ‘anos perdidos’, porque existe pouco conhecimento científico sobre esse período”, explicou Simone Almeida Gavilan, professora da UFRN e pesquisadora do Projeto Cetáceos da Costa Branca.
A situação do filhote chamou a atenção por se tratar de um caso de ingestão de lixo por um animal pequeno e oriundo de regiões oceânicas. Para o projeto Cetáceos da Costa Branca, que atua há 21 anos, esse registro é inédito no RN. “O projeto registra quase que diariamente tartarugas marinhas com problemas decorrentes de ingestão de resíduos sólidos, porém nunca havia registrado nenhum animal, nessa fase de desenvolvimento, com problemas decorrentes de lixo. É um registro impactante e verdadeiramente preocupante”, afirmou Simone Almeida, alertando sobre as preocupações com o descarte de lixo.
A tartaruga encontrada está estável e passa por um processo de hidratação e alimentação forçada. O animal se apresentou mais responsivo ao estímulo do ambiente nesta quinta-feira (4).
As tartarugas marinhas estão entre os animais marinhos que mais sofrem com a ingestão de lixo jogado ao mar. O projeto Cetáceos da Costa Branca aponta que ingestão de resíduos sólidos está entre as maiores causas de morte desses animais, afetando principalmente juvenis de tartarugas marinhas que confundem o plástico e outros tipos de lixo com seus alimentos.
O projeto alerta ainda que no Brasil todas as espécies de tartarugas marinhas estão ameaçadas de extinção na classificação do Ministério do Meio Ambiente e a tartaruga cabeçuda é tida como “em perigo”.
Fonte: G1RN
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