PATRIMÔNIO IMATERIAL –
São considerados patrimônios imateriais as expressões culturais, rituais, festas, celebrações e conhecimentos e práticas sociais que pessoas ou grupos sociais preservam e transmitem para as gerações futuras.
Por curiosidade fui checar quais os patrimônios imateriais do nosso Rio Grande do Norte. Lá estavam a Festa de Santana, a Carne de Sol e o Queijo de Coalho, todos de Caicó; o Pastel de Tangará e as Garrafinhas Coloridas da Praia de Tibau; o Caldo-de-Cana de Ceará Mirim, a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes de Areia Branca e a Jurema Sagrada.
Essa última expressão cultural eu nunca dantes e em tempo algum ouvira dela falar. Pois bem, trata-se de uma religião afro-indígena brasileira, com raízes fortes no Nordeste, a qual combina elementos das tradições indígenas com influências do catolicismo popular. O culto é centrado na árvore sagrada da Jurema.
Tomei conhecimento da Banda Grafith como patrimônio cultural imaterial, em 2024. Consta ainda nesse rol o Festival Música Alimento da Alma (Festival Mada), o Festival Halleluya, o Carnaval Tradição de Alexandria, o Auto de Santo Antônio de Severiano Melo e, por último, a banda Ribeira Boêmia.
A responsabilidade pela escolha e reconhecimento do patrimônio imaterial no Rio Grande do Norte envolve, primariamente, a Assembleia Legislativa do Estado e a Secretaria de Estado da Cultura, além do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), no âmbito federal.
Não desejo aqui questionar a metodologia utilizada para a escolha das manifestações que integram a relação do patrimônio imaterial, todavia, suponho que sejam todas ainda palpáveis, vistas, ouvidas, degustadas, reproduzidas, como as comidas, as festas e festivais, além das celebrações católicas ou profanas.
Se dentre os critérios para as escolhas dos patrimônios imateriais fossem considerados as lembranças marcantes da história ou do cotidiano de um povo, certamente, teríamos inúmeros fatos, pessoas e ocorrências peculiares dignos de integrarem tal relação.
Começaria com as Piadas de Zé Areia – destaco aquela do inimaginável papo dele com o ex-presidente Café Filho, no Rio de Janeiro, com o qual foram moleques, juntos, quando residiam no bairro Rocas, em Natal.
– Presidente Café, estou desempregado e vim aqui lhe pedir um emprego. – Como vai você, Zé! Fico feliz em lhe rever. Fique sabendo que não está fácil emprego nesta época, porém, posso lhe arranjar um trabalho no Amazonas. – Qual tipo de trabalho, presidente? – Tirar leite (látex) de seringueiras, Zé! – Eu lhe agradeço, presidente, mas não aceito. – Por que, Zé? – Quem tira leite de pau…Impublicável!
E mais: o Corso da Avenida Deodoro, os Bailes do Aeroclube, as figuras de Maria Mula Manca, Cambraia, Velocidade e Severina, autodenominada, Imperatriz do Brasil, que adentrava sem permissão nos gabinetes de autoridades, pedindo liberação de verbas para órgãos públicos e dando sugestões administrativas para seus gestores.
Sem esquecer, lógico, do emblemático Cabaré de Maria Boa, o qual já foi estampado na fuselagem de uma aeronave norte-americana, na Segunda Guerra Mundial. Um ambiente, notabilíssimo, digno de se enquadrar como um autêntico patrimônio “material” e imaterial de nossa terra.
José Narcelio Marques Sousa – Engenheiro civil
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