PARA ELE EU TIRO O CHAPÉU – Alberto Rostand Lanverly

PARA ELE EU TIRO O CHAPÉU –

Há homens que merecem mais do que respeito, admiração, reconhecimento e, acima de tudo, a simbólica atitude de tirar o chapéu diante de suas trajetórias, por não serem apenas figuras de sucesso, mas referências vivas de caráter, de conduta reta e de princípios, que não se dobram às conveniências do momento.

Suas palavras têm peso porque são sustentadas por ações, seu exemplo não é forçado, nem moldado para aplausos; ele simplesmente existe, natural como o vento, a carícia invisível da face do mundo, percorrendo vales e montanhas, deslizando sobre os oceanos e sussurrando segredos à floresta, mas também silencioso como as raízes que sustentam as árvores mais frondosas.

Para mim, uma dessas criaturas é Marcos Bernardes de Mello, personagem que transcende seu tempo, navegando com maestria pelos múltiplos caminhos do saber, deixando marcas indeléveis na história, verdadeiro arquiteto do pensamento, tecendo a erudição com a nobreza dos gestos e a precisão do raciocínio jurídico.

Move-se entre a literatura e as ciências, a razão e a emoção, equilibrando a solidez do conhecimento com a leveza da sensibilidade, sendo sua palavra argumento lapidado, solida janela para outros tempos e espaços, enquanto seus escritos, vestí­gios de eternidade.

Verdadeiro juiz do próprio destino e conselheiro de sua época, capaz de enxergar além das sombras imediatas, compreendendo que o verdadeiro legado não está apenas nas ideias que formula, mas na transformação que inspira.

Forja sua imortalidade não pela efemeridade dos títulos que possui, ou cargos que ocupou, mas pela permanência de suas contribuições, pelo impacto que causa nas gerações futuras. Legitimo guia de seu tempo e além dele, pois quando partir, se é que tal acontecerá, permanecerá na memória dos que se deixam iluminar por sua luz.

Esse é Marcos Bernardes de Mello, para quem não basta aperto de mão ou um elogio passageiro, portanto para ele, reiteradamente insisto em retirar o chapéu, não por obrigação, mas por reconhecimento sincero. Porque diante de homens assim, a única postura possível é a de respeito e gratidão.

 

 

 

 

Alberto Rostand Lanverly – Amigo de Marcos Bernardes de Mello

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores

Ponto de Vista

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