NOVAMENTE OS TRENS –
Exultei ao ler que o governo federal pretende construir seis novas linhas ferroviárias em três regiões do país: 3 no Nordeste, 2 no Sul e 1 no Centro-Oeste. Notícia excelente, embora o projeto ainda esteja sob estudos iniciais sem previsão estabelecida para o início das obras.
Viajar em trem de qualidade é algo de fazer inveja ao brasileiro comum, porquanto ser isso um privilégio da maioria dos demais países, principalmente, os europeus. São viagens que primam pelo trinômio conforto, rapidez e segurança, com tranquilidade e sem sobressaltos, aliados a preços compatíveis para o bolso do usuário de menor poder aquisitivo.
E pensar que já desfrutamos desse privilégio no Brasil. Isso, até meados de 1950, antes de Juscelino Kubitschek prometer fazer o país avançar 50 anos em 5 no seu governo. Realmente, ele proporcionou um crescimento louvável ao prestigiar a indústria automobilística, investindo no rodoviarismo.
A iniciativa seria irretocável caso não houvesse sacrificado as ferrovias de forma desastrosa, causando um atraso incalculável para o transporte ferroviário de longa distância.
Recordo haver viajado de trem, quando criança, de Natal para São Rafael, pela Rede Ferroviária Sampaio Correia. Viagens essas que se estendiam para Mossoró e outras cidades do estado, também, para João Pessoa e Recife.
O pior do governo Juscelino foi o fato de além de sustar as viagens deixando de investir no setor, ainda permitir que arrancassem os trilhos, impossibilitando a reativação do deslocamento sob ferrovias no futuro com um custo menor. Acontece, que estamos no Brasil e a iniciativa não poderia ser diferente, ou seja, “se podemos complicar para que simplificar?”
Pouquíssimas ferrovias brasileiras operam com transporte regular de passageiros. As principais são a Estrada de Ferro Vitória – Minas, que liga Belo Horizonte (MG) a Cariacica (ES) e a Estrada de Ferro Carajás, que liga São Luís (MA) a Parauapebas (PA), estados que preservaram resquícios do transporte ferroviário de passageiros.
Trens turísticos operam em estados como o Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Um deles, no Paraná, ocupou na última edição do Guia Britânico Lonely Planet, a 14ª posição entre os passeios mais incríveis do planeta. Trata-se do trecho de 68 km, pela Serra do Mar paranaense, ligando Curitiba a Morretes.
Porém nem tudo são lágrimas. Existe um projeto grandioso do trem-bala, liderado pela empresa TAV Brasil, ligando Rio de Janeiro e São Paulo com previsão de início das operações em 2032. O trajeto estimado será de 417 km com investimento de R$ 50 bilhões. O percurso será vencido em 1h45.
A Eurostar é a empresa internacional que opera o trem de alta velocidade que liga Paris a Londres, passando pelo Eurotúnel – túnel ferroviário sob o Canal da Mancha – com 50,5 km de extensão. A viagem dura em torno de 2 horas e 30 minutos, numa velocidade que pode alcançar 300 km/h.
Para ampliar as possibilidades de o Brasil retornar aos trilhos eis que durante a reunião do BRICS, no Rio de Janeiro, falou-se de convênio em parceria com a China, para “rasgar” o país com ferrovias.
Não custa nada sonhar!
José Narcelio Marques Sousa – Engenheiro civil
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