Li recentemente uma informação estarrecedora. A de que há mais de 960 brasileiros presos atualmente no exterior por tráfego de drogas. Confesso que fiquei completamente impressionado com a notícia. Se existe um número tão elevado de traficantes da nossa nacionalidade presos fora do Brasil, quantos existem nos nossos presídios? E a pior pergunta: afinal, quantos deles existem completamente soltos em nosso próprio país? Um questionamento profundamente inquietante.
E como um assunto puxa outro, isso me lembrou de uma recente pesquisa que apontou o Rio Grande do Norte como um dos estados com maior índice de homicídios. E a esmagadora maioria desses crimes, com estreita ligação com as drogas. O que está sendo feito pelas autoridades brasileiras sobre essa questão? Que tipo de controle está sendo exercido nas nossas fronteiras, para coibir esse vai e vem de todo tipo de droga e entorpecentes, oriundos dos países latino-americanos limítrofes ao nosso?
Há alguma motivação inconfessável, seja de quem for e com qual objetivo, para que ocorra o aumento galopante desse caos que se instalou entre nós? Isso atinge a sociedade como um potente soco no estômago. Por que a cada dia esse terrível comércio ceifa mais vidas, notadamente de jovens, vitimas dessa dependência insana. Agora já se sabe que a justiça lá fora é bem mais severa para esse tipo de crime. Será o Brasil o país do perdão fácil para criminosos tão perigosos e cheios de artimanhas?
Estamos acumulando muitas máculas quando se trata de assuntos como justiça, cidadania, legislação, sistema prisional, condescendência, maioridade penal, entre outros temas correlatos. E elas estão se entranhando em nossa pele, do Estado, da nação como um todo, e de nós mesmos, feito uma grande e feia tatuagem. O que nos preocupa bastante, ainda mais quando ouvimos os experts falando sobre isso. Porque nenhum deles tem uma palavra de otimismo sobre o problema.
Entendo que vivemos dias difíceis. O mundo está mudado e o velho conceito da Aldeia Global, preconizada pelo professor e filósofo canadense McLuhan, falecido em 1980, se tornou uma realidade. Ele foi um visionário que ficou famoso pela máxima de que “O meio é a mensagem”. E ainda por referir-se com ênfase às transformações sociais que seriam provocadas pela revolução tecnológica do computador e das telecomunicações, vislumbrando o surgimento da Internet, trinta anos dela ser inventada.
O que McLuhan não previu nem atinou, foi que a sua Aldeia Global ficaria impregnada de tantos e terriveis maleficios sociais, como presenciamos neste inicio de século. No Brasil, por exemplo, cresceu a população, o aparato tecnologico, a inclusão social, a facilidade de comunicação, e com elas a necessidade das pessoas e a diversidade de conflitos. Tudo cresceu menos a possibilidade do Estado de responder a todas essas demandas. Talvez resida aí a raiz dos problemas que estamos tratando. Será que já é hora de se repensar o papel do Estado?
Nelson Freire – Economista, Jornalista e Bacharel em Direito
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