“Sigo agora para Nova York, onde representarei o Brasil na 80ª Assembleia Geral da ONU. Estarei presente em encontros importantes sobre o fortalecimento da democracia, o enfrentamento da crise climática e a defesa do multilateralismo”, disse o petista em uma rede social.
Lula faz a primeira viagem aos EUA desde que o presidente americano, Donald Trump, impôs uma sobretaxa de 50% para entrada de produtos brasileiros no país.
Com o tarifaço, Trump tentou, sem sucesso, barrar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a mais de 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe. O governo americano promete novas sanções diante do resultado.
Ao longo dos últimos meses, Lula e ministros criticaram Trump pela política tarifária e tentativa de interferir na soberania nacional, enquanto o presidente americano e seus assessores têm acusado o Brasil de perseguir Bolsonaro.
Na próxima terça-feira, há possibilidade de Lula e Trump se cruzarem nos corredores da sede da ONU no intervalo entre seus discursos.
Com a viagem de Lula ao exterior, o vice Geraldo Alckmin fica como presidente em exercício do Brasil.
O discurso de Lula só deve ser finalizado na véspera da abertura da Assembleia Geral. Há expectativa que Lula envie recados a Trump, porém de forma calibrada.
Mesmo sem citar diretamente o presidente americano, falas em defesa da soberania do Brasil e críticas à imposição de tarifas terão os objetivos de marcar a posição do governo brasileiro, fazer um contraponto aos EUA e reconhecer a independência do STF no julgamento de Bolsonaro.
Trabalhado por assessores e ministros, o texto deve abordar outros temas que o presidente costuma mencionar em eventos internacionais, a exemplo de democracia, multilateralismo e reforma da ONU.
Lula deve dedicar parte da fala à cobrança por mais empenho nas ações de preservação ambiental e transição energética. Como anfitrião em novembro da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025, a COP30, o governo brasileiro tenta viabilizar o financiamento por países ricos de ações contra as mudanças climáticas.
Outro tema que deve ser abordado são as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Lula tem defendido um cessar-fogo dos conflitos.
Lula aproveitará a viagem a Nova York para se encontrar com outros governantes e realizar uma série de eventos sobre temas caros à política externa do presidente.
Na segunda-feira (22), o presidente brasileiro deve participar de uma conferência convocada por França e Arábia Saudita para discutir uma “resolução pacífica” da guerra na Faixa de Gaza e a solução dos dois estados, um judeu e outro palestino.
Lula costuma chamar de “genocídio” a ação militar de Israel contra palestinos na Faixa de Gaza, iniciada após ataques terroristas do grupo Hamas. Israel, por sua vez, declarou o presidente brasileiro persona non grata no país.
Na terça (23), além da Assembleia Geral, Lula fará ao lado do secretário-geral da ONU, António Guterres, um evento sobre clima. O encontro incentiva ações dos países na COP30.
O governo brasileiro também apresentará o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), iniciativa brasileira a ser lançada na conferência para captar recursos e financiar ações de preservação ambiental.
Já na quarta (24), Lula comandará, ao lado do presidente do Chile, Gabriel Boric, e do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, a segunda edição do evento “Em Defesa da Democracia”.
A reunião discutirá formas de fortalecer a democracia e o multilateralismo, além do combate ao extremismo, desinformação e discurso de ódio.
A comitiva completa do presidente ainda não foi divulgada. Entre os que devem acompanhar Lula na viagem estão:
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi convidado para fazer parte da comitiva de Lula e chegou a receber visto para ir aos Estados Unidos. No entanto, o governo americano limitou a circulação do ministro no país.
No mês passado, os Estados Unidos cancelaram o visto da mulher e da filha, de 10 anos, de Padilha. O visto do ministro não foi cancelado porque já estava vencido.
Em entrevista ao Estúdio I da GloboNews, o ministro afirmou que as restrições impostas pelo país impediram a participação dele na Assembleia Geral e em outros eventos na próxima semana.
Ele classificou as restrições de circulação impostas pelo governo americano como “inaceitáveis” e “uma afronta” e cancelou a viagem ao país.
Fonte: G1
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