Uma ex-gerente da agência bancária onde opero chama-se Laura. Certa vez, por mera curiosidade, perguntei-lhe: “Você gosta do seu nome?”. Dela ouvi um sonoro “Adoooro!”. Senti sinceridade e entusiasmo naquela resposta. Trata-se, na verdade, de um nome que traduz expressividade e poder sem perder a feminilidade. Durante um bom tempo, caiu em desuso ou, como diríamos antigamente, ficou démodé nominar filhas Lauras.
Laura vem do latim e significa coroa de folhas de louro. No passado era comum batizar meninas de todas as classes sociais com essa denominação. Isso embalado no costume popular de designar filhos com alcunhas de mártires do cristianismo, após canonizados. Um exemplo dessa inclinação vem do século VIII, quando a abadessa Laura de Córdoba, sacrificada por mulçumanos num banho de óleo fervente por não renegar sua fé no cristianismo, obteve a santificação.
Outro motivo para a proliferação desse nome ocorreu no século passado com a beatificação de Laura Vicuña (1891-1904), chilena de Santiago, falecida e enterrada na Argentina aos 13 anos de idade, considerada a padroeira de vítimas de incesto e de maus-tratos.
Abro parêntese. No dia 12 de maio de 2013, o Papa Francisco canonizou, na Praça de São Pedro, os primeiros santos de seu pontificado. Dentre eles, madre Laura Montoya, colombiana, venerada como Laura de Santa Catarina de Sena (1874 – 1949). A iniciativa, certamente, provocou nova onda de batismo de Lauras na América do Sul. Em 2020, Laura voltou à moda, sendo o nome mais escolhido nos cartórios do Registro Civil do Brasil, abaixo apenas de Helena e Alice. Fecho parêntese.
A incidência de Lauras famosas em outros países de língua latina é maior do que no Brasil. Principalmente nas artes cênicas, no show business e nas passarelas. Eis algumas delas: Laura Linney e Laura Herring, atrizes norte-americanas; Laura Zapata, atriz mexicana; Laura Pausini, cantora e compositora italiana; e, Laura Sánchez, atriz e modelo espanhola. Laura Chinchilla, 61 anos, cientista política, foi presidente da Costa Rica de 2010 a 2014.
No Brasil, as Lauras de destaque também pertencem ao teatro, ao cinema e a TV: Laura Cardoso, 93 anos, paulista, atriz pioneira da televisão brasileira; Laura Neiva, 27, paulista, atriz e modelo; Laura Barreto, 19 anos, atriz carioca; e, Laura de Vison, na verdade Norberto Chucri David, carioca, artista e transformista, considerado a musa do underground, falecido aos 68 anos de idade, em 2007.
Na música popular brasileira houve exaltações a Lauras, sim senhor! No meu entender a mais bonita foi “Laura”, composição de Braguinha, interpretada na voz de Jorge Goulart e, depois, nas de Agnaldo Timóteo e Emílio Santiago. A mais ouvida foi a “Lady Laura” de Roberto Carlos, homenagem prestada à sua mãe. Outra “Laura”, não tão famosa, foi uma composição de Fernanda Brum, em comemoração ao nascimento da filha.
Segundo a numerologia, a força do nome Laura produz transformações expressivas no caráter feminino. Torna-as otimistas e afetuosas, criativas e comunicativas. São mulheres de personalidade forte e de grande senso de responsabilidade. A descontração e o bom humor as mantem sempre jovens não importando a idade que tenham.
Não sei se a gerente do “Adoooro!”, citada no começo deste texto, cultiva tais predicados. Quanto a mim, posso assegurar que identificava todos eles no comportamento e nas decisões de dona Laura, minha falecida mãe.
José Narcelio Marques Sousa – Engenheiro e Escritor
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