GRUPO NORDESTÃO –
No início de minha carreira profissional eu trabalhei como Engenheiro Civil para o Supermercado Nordestão, grupo genuinamente potiguar, que neste mês de setembro completou 53 anos de existência.
Fiscalizei a construção de duas das primeiras unidades comerciais da empresa e implantei e coordenei a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes-CIPA, durante quatro anos como Engenheiro de Segurança do Trabalho.
Foi uma bonita experiência profissional pelo fato de conviver e aprender sobre as lições de vida ministradas no dia a dia pelo patriarca da família e titular da empresa, Leôncio Etelvino de Medeiros, comumente chamado de “seu” Leôncio.
Eu conheci a família Medeiros logo que eles chegaram a Natal e se instalaram no Mercado Público da Cidade Alta, onde ocuparam cinco boxes alugados aos quais denominaram de Local União. Daí em diante foi uma vida de começos e recomeços, dificuldades e de muito trabalho e determinação.
O exemplo de “seu” Leôncio se consolidou no seio da família e ainda prevalece nos procedimentos e tomadas de decisões da atual geração. Não tratarei aqui do sucesso da empresa, mas do legado de correção, simplicidade, honestidade, visão de futuro e de fé cristã do patriarca.
O primeiro de uma prole de dez filhos, aos 21 anos ele se tornou arrimo de família e assumiu a responsabilidade do sítio dos pais e da criação dos irmãos. Dois anos depois se casou com Maria Leonízia, gerando dez herdeiros.
“Seu” Leôncio nasceu nos rincões do nosso Seridó, em 1908, e possuía inteligência privilegiada. Com apenas três meses de aulas, ministradas por professora da comunidade, aprendeu a ler, escrever e a utilizar as quatro operações básicas da aritmética. A partir daí não parou de acumular conhecimento.
Lia todos os dias a Bíblia Sagrada e tudo o que lhe caísse nas mãos, desde que contivesse ensinamentos. Os provérbios e parábolas eram a sua predileção. Não raro o ouvíamos citar: “O feijão que se come em casa é melhor que a galinha da casa do vizinho”; “A gente cria filho dizendo não”; ou, “Quem tem sócio tem patrão!”
A fábula do Feixe de Varas, de Esopo, era a sua predileta, tanto assim que se tornou a marca registrada da empresa. O ensinamento da fábula exalta o valor da união familiar para obter bons resultados nas atividades da vida. Daí a razão de o Supermercado Nordestão, na terceira geração, ainda permanecer uma empresa sólida.
Estudo do Banco Mundial aponta a baixa longevidade das empresas familiares onde apenas 15% delas sobrevivem à terceira geração. Contrariando a estatística, a união da empresa potiguar continua firme e até forjou o seguinte slogan gracioso: “O Nordestão é de Maroca não se vende, não se empresta nem se troca”
Como exemplo de sucesso entre empresas familiares estão as vinícolas, porque consideram pilar fundamental para a sobrevivência do negócio a harmonia familiar. Daí a razão de vermos vinícolas atreladas a um mesmo sobrenome por décadas.
Se os que fazem o Nordestão continuarem fiéis aos ensinamentos de “seu” Leôncio, praticando o exemplo contido na fábula de Esopo, certamente alcançarão a marca centenária ainda sob o comando da terceira geração. Assim seja!
José Narcelio Marques Sousa – engenheiro civil.
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