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FINANÇAS PESSOAIS E ECONOMIA – Guilherme Viveiros

A Poupança Vale a Pena?

A caderneta de poupança está praticamente no DNA do investidor brasileiro. Quem nunca ouviu dos pais ou dos avós a frase “guarde um pouco do seu salário na poupança”? Tanto é que a tradicional caderneta se tornou sinônimo, em muitos casos, para a ação de poupar dinheiro. Apesar da tradição, será que investir na poupança vale a pena?

Mesmo com a evolução do mercado financeiro e dos tipos de investimento oferecidos, a poupança ainda mantém lugar cativo na cesta de aplicações de boa parcela dos brasileiros. Segundo levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), 38% de todos os recursos aplicados em bancos de varejo — como Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander — estão aplicados na poupança. No final de 2014, eram 48%. Mas isso vem mudando rapidamente com a queda do juros e o surgimento das plataformas abertas.

Poupança vale a pena?

Mesmo com os atributos de liquidez, isenção de IR, a caderneta vem deixando de lado seu brilhantismo nos últimos anos. A mudança das regras do rendimento da poupança, em maio de 2012, foi uma espécie de divisor de águas nesse sentido.

Os depósitos realizados a partir daquela data passaram a respeitar os seguintes critérios de cálculo: Se a taxa de juros básica (Selic) for menor ou igual a 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic mais a TR (Taxa x Referencial);

Caso a Selic seja superior a 8,5% ao ano, investir na poupança tem rentabilidade fixa: 0,5% mais a TR.

A poupança só tem um problema, o rendimento que ela proporciona ao investidor, é horrivelmente baixo.

Quais Investimentos seguros que rendem mais que a poupança

Além de render mais se comparado a investir na poupança, os títulos públicos são ainda mais seguros que a tradicional caderneta. Oi? Sim, você não leu errado. Diferentemente da poupança, em que há o risco de o banco falir e você ficar protegido apenas no limite de R$ 250 mil oferecidos pelo FGC, no caso dos papéis emitidos pelo Tesouro Nacional, esse risco é baixíssimo, quase inexistente.

Em outras palavras, os títulos públicos são o investimento mais seguro do mercado, pois são garantidos 100% pelo Tesouro Nacional, considerado o melhor credor da economia. Pois o Tesouro, pode em último caso, emitir papel moeda para pagar a sua dívida. Mas isso causa implicações diversas na economia.

Tesouro Selic: tem liquidez e rende mais que a poupança

Na “família” de papéis oferecidos na prateleira do Tesouro Direto, plataforma de compra e venda de títulos públicos pela internet, o Tesouro Selic se destaca por ter a menor volatilidade na comparação aos seus “irmãos”. Além de seguir a taxa básica de juros da economia (Selic), esse título acompanha o Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI), referencial das aplicações conservadoras. Por isso, o Tesouro Selic não sofre com as variações nos juros.

É o papel mais indicado para o investidor que precisa de liquidez, ou seja, caso surja um imprevisto ou uma emergência, é possível sacar os recursos aplicados antes do vencimento sem levar susto com o rendimento no período. Essa característica faz do Tesouro Selic uma opção à poupança.

Quanto rendem os títulos do tipo Tesouro Selic?

Rapidamente tudo o que a caderneta oferece de vantajoso (segurança, praticidade, facilidade e liquidez) pode ser obtido com o investimento no título público.

Sem contar que o rendimento do Tesouro Selic é diário, enquanto a poupança tem rentabilidade mensal. Pois é, na poupança seu dinheiro só rende quando o depósito fizer o chamado “aniversário”. Antes de um mês, os recursos investidos não rendem nada. Além disso, se as aplicações forem realizadas em diferentes dias do mês, a remuneração de cada depósito seguirá uma data de aniversário específica.

Uma outra opção para quem quer sair da poupança mas gostaria de continuar investindo com o banco são os CDBs de liquidez diária e os fundos DI, que são aplicações de renda fixa, baixo risco e liquidez.

E por último, são os títulos de Crédito Corporativo (debêntures, CRAs e CRIs principalmente). Estes, são títulos emitidos por empresas que pagam mais que os demais investimentos em renda fixa e têm riscos desde os mais conservadores, aos mais agressivos. Um diferencial é que o mercado vem avançando rapidamente e na grande maioria dos casos, estes títulos podem ser vendidos antes do vencimento no mercado secundário e o investidor pode reaver os recursos, mas neste último caso vai depender da liquidez do papel e de sua situação financeira.

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Guilherme Viveiros – Engenheiro Civil com MBA em Gestão Empresarial pela FGV

 

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores
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