João Batista Soares de Lima

Sou uma pessoa que crê na evolução do homem, não apenas no sentido tecnológico, mas, principalmente, no sentido moral e espiritual. Creio que o homem melhora sempre, não obstante alguns recalcitrantes teimarem em fazer o mal. E não se trata de uma crença infundada, basta examinarmos a história.

Todavia, gostaria de discorrer um pouco sobre a diferença entre fazer o bem e ser bom. Todos hão de concordar que pessoas más (ou ainda inconscientes) podem praticar boas coisas. Porém, quase sempre, por trás dessas ações existem interesses egoístas. E aqui vale lembrar a famosa carta do Apóstolo Paulo aos coríntios: se não tiver amor, nada disso vale (1 Coríntios 13).

Muito diferente é quando se trata de uma pessoa boa (ou já consciente); essas pessoas fazem o bem porque são boas, não poderiam agir diferentemente! Quando plenamente conscientes, nenhum interesse pessoal resta de suas ações, não se preocupam com o resultado delas, porquanto são absolutamente conscientes de suas ações e as realizam sempre e naturalmente em prol dos seus irmãos.

O famoso físico alemão Albert Einstein dizia: “Do mundo dos fatos (fazer o bem) não conduz nenhum caminho para o mundo dos valores (ser bom); porque os valores vêm de outra região.” É como se ele dissesse: fazer o bem é do humano; ser bom é do divino. Fazer o bem é quantidade; ser bom é qualidade.

Ensina a sabedoria oriental que: “O que, no princípio, tem gosto de veneno, mas no fim é saboroso como néctar – esta é a felicidade que nasce do conhecimento de si mesmo e gera beatitude espiritual”. (Bhagavad Gita, cap. 18:37). Vale dizer: no início, o homem tem dificuldade de ser bom; alguns até pensam ser fraqueza; falta de garra, determinação; ser tolice ser bom.

Mas quando o homem se encontra consigo mesmo, e enxerga o Cristo que existe em si, e em tudo, e em todos, ele passa a cumprir – sem duvidar – aquelas palavras de Jesus, quando disse: “E se alguém quiser processá-lo e tirar-lhe a túnica, deixe que leve também a capa”. (Mateus 5:40). Jesus também adverte: “Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26:41).

Vejo muitas pessoas se prevenirem contra o perigo que vem fora, e esquecem que o verdadeiro perigo está dentro da própria pessoa; esquecem que ela própria pode ser motivo de tropeço para outras pessoas, ser o “tentador” ao invés de o “tentado”. Portanto, vigiemos e oremos; fortaleçamo-nos na fé; e confiemos no amor infinito do Deus-Pai todo-poderoso, e do Seu Filho amado Jesus, o Cristo, para que passemos a ser bons, ao invés de apenas fazermos boas obras.

João Batista Soares de Lima Ex Secretario de Tributação do RN e componente da Arca da Aliança – Movimento Cristão 

Ponto de Vista

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