A peça ‘A Invenção do Nordeste’, do Grupo Carmin, foi vencedora da categoria melhor espetáculo do Prêmio Cesgranrio de Teatro. A entrega da premiação aconteceu na noite dessa segunda (21), no Golden Room do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. “Foi uma grande surpresa, a indicação já tinha sido muito especial, mas ganhar foi muito emocionante e coloca nosso trabalho num patamar nacional”, disse Quitéria Kelly, diretora da peça.
O espetáculo competiu com grandes produções como os musicais ‘Elza’, ‘Bibi – Uma Vida em Musical’, e ‘Romeu + Julieta ao Som de Marisa Monte’, que tiveram custo de produção bem além da peça potiguar.
“Nossa montagem custou R$ 30 mil e foi paga com recursos próprios, com dinheiro de Jacy (espetáculo anterior do Grupo Carmin), e isso é muito significativo. Esse prêmio vem pra mostrar que o Nordeste tem muito a nos ensinar, que existe uma geração que veio para tirar o Nordeste desse lugar de coitadismo, pra mostrar que a gente também está fazendo coisa boa, coisa moderna e entrando em mercados muito concorridos”, disse Quitéria.
A peça também competiu nas categorias melhor cenografia e melhor adaptação.
A diretora ainda deu uma boa notícia para os potiguares que ainda não assistiram ao espetáculo: peça volta a ser apresentada em Natal no mês de fevereiro, em data ainda não definida.
O espetáculo é baseado no livro “A Invenção do Nordeste e Outras Artes”, do Professor Dr. Durval Muniz de Albuquerque Jr, e busca desconstruir imagem estereotipada do Nordeste e do nordestino.
Um diretor é contratado por uma grande produtora audiovisual para realizar a missão de selecionar um ator nordestino que possa interpretar com maestria um personagem também nordestino. Depois de vários testes e entrevistas, dois atores vão para a fase final e o diretor tem sete semanas para deixá-los prontos para o último teste.
Durante as 7 semanas de preparação, os atores refletem (e discordam) acerca de sua identidade, cultura, história pessoal e descobrem que ser e viver um personagem nordestino não é tarefa simples.
Em 2018, a peça circulou por estados como Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
A peça é dirigida por Quitéria Kelly que também assina o figurino; com dramaturgia de Henrique Fontes e Pablo Capistrano; no elenco: Robson Medeiros, Mateus Cardoso e Henrique Fontes; assistência de direção, dramaturgia audiovisual e desenho de luz: Pedro Fiuza; direção de arte e cenografia: Mathieu Duvignaud; produção executiva: Mariana Hardi; preparação corporal: Ana Claudia Albano Viana; preparação vocal: Gilmar Bedaque; trilha sonora original: Gabriel Souto; design gráfico: Teo Viana; Xilogravura: Erick Lima; costureira: Kátia Dantas; edição de vídeo: Juliano Barreto.
O Grupo Carmin já trabalha na montagem de um novo espetáculo. Quitéria adianta que a peça vai tratar do surgimento da classe média e tem como ponto de partida o livro do sociólogo Jessé Souza. “Estamos na fase de pesquisa e escrita e a expectativa é estrear até novembro”, disse.
A montagem também será paga com recursos próprios do grupo arrecadados com as apresentações de A Invenção do Nordeste. “Pra viver de arte ou você desiste ou você encontra uma forma de resistir. Que bom nós encontramos uma forma de resistir e fazer a nossa arte”, disse.
Fonte: G1RN
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