Carlos Alberto Josuá Costa
(“Ata-lírica” em homenagem ao blog Ponto de Vista – de Nelson Freire – e aos articulistas que nos deleitam com suas crônicas e artigos).
Caffé Trieste, meio de semana, início de uma noite de verão potiguar.
Eram muitos os talentos. A cada chegada, um aceno de receptividade tornava mais amena a expectativa do encontro que embalava o tempo medido regressivamente até aquele instante, onde de forma “confraternal” iríamos nos conhecer melhor.
A cada apresentação, um sorriso, um sincero “bem-vindo” e uma acomodação livre para degustar vivências e somar experiências, mesmo para aqueles mais afeitos a burilar as letras, que resultam em deleites que nos embalam.
Um a um foi formando uma engrenagem de afeto, de respeito, de atenção ao outro.
O anfitrião, ante a somatória de clamores, imediatamente se “juntou” aos convidados e todos passaram a ser apenas um: o blog Ponto de Vista.
Aos poucos, as cargas literárias que carregávamos foram se diluindo e formando uma seiva única, na qual éramos livres no pensar e felizes no escrever.
Cada história comportava o sentimento de que lidar com palavras é uma magia natural e que, lá atrás, tivera o incentivo de alguém presente, que de forma direta ou por exemplos impulsionou o instigante gosto por “viagens” a novos mundos.
Em nenhum momento houve espaço para divergências, não que humanamente não as tivéssemos, mas sim porque elas eram insignificantes ante tão sublime encontro de homens e mulheres amadurecidos pelo caminhar da vida.
Mais uma vez experimentamos a presença de Deus, pois ali estávamos nós – pecadores – mas despojados da inveja e da injúria própria dos homens que perderam a capacidade de abstrair o bem comum das mazelas que assolam a atualidade.
Os pratos da balança fictícia que poderia “medir” os mais e os menos contumazes em deslizar o lápis no desenho das letras se equilibraram naturalmente, sem precisar de “pesos graduados” para tal. Aliás, a “invisível” balança nem foi percebida, pois a dedicação e o prazer em fazer o melhor não se aquilatam em meio àqueles que colocam seus dons, ainda que simples, a serviço de outros.
Pronto! Estávamos todos. Fizemos questão de abraçar e incluir, naquele encontro, os presentes e os ausentes, pois é sabido que a energia da benquerença não tem limitação de espaço. A cada instante, citávamos você e, você também, ressaltando o quanto seus momentos de reflexão foram significativos e animadores para outrem.
A espontaneidade aflorada de uma verdadeira confraternização aos poucos foi revelando vozes declamatórias e emoldurando sons harmônicos de temas musicais, que aglutinavam emoções de um tempo que nos acolheu – meninos e meninas – e que, por desígnio do Pai, ali nos levou – homens e mulheres – a ofertar gratidão.
E se fez chegada a hora.
Um café, um licor, um abraço, um sorriso, um até breve!
Uma maravilha!
Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil e Consultor (josuacosta@uol.com.br)
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