João Batista Soares de Lima
“Deus, ou quer impedir os males e não pode, ou pode e não quer, ou não quer nem pode, ou quer e pode. Se quer e não pode, é impotente: o que é impossível em Deus. Se pode e não quer, é invejoso: o que, do mesmo modo, é contrário a Deus. Se nem quer nem pode, é invejoso e impotente: portanto, nem sequer é Deus. Se pode e quer, o que é a única coisa compatível com Deus, donde provém então a existência dos males? Por que razão é que não os impede?” (Epicuro).
Esta questão posta por Epicuro (esse grande filósofo grego que viveu há mais de trezentos anos antes de Cristo) revela bem o estágio de uma mente brilhante, mas que ainda não concebeu toda a verdade. E o principal erro aqui é colocar o ser humano separado de Deus – a criatura separada do seu Criador. Deus não nos fez como se faz um objeto, Ele nos fez à Sua imagem, conforme à Sua semelhança. E sabemos que essa IMAGEM e essa SEMELHANÇA, a que se reporta o texto bíblico (Gênesis 1:26-27), não se trata de imagem ou semelhança físicas, posto que Deus não se limita ao físico, ao material. O Universo, por exemplo, não é o “corpo” de Deus, não obstante Deus permeá-lo em toda a sua extensão e está mais além infinitamente!
Em verdade, somos imagem e semelhança de Deus em nossa essência. Temos, por assim dizer, o mesmo DNA de Deus. O homem foi criado com a capacidade de se tornar divino (João 17:22)!
Em segundo lugar, Deus dotou o homem com o livre-arbítrio. Dessa forma, o homem tem a liberdade de praticar o bem e o mal – e nesse território Deus não se intromete! Ele próprio nos fez assim! Até porque, na escalada da evolução, o “mal” de hoje já foi o “bem” de ontem, ou dito de outra forma, o que hoje consideramos “mal” já foi aceito como “normal” na sociedade de ontem. Por exemplo, ter escravos era uma coisa normal no passado (até Jó, Davi, Salomão etc. os possuíam). Hoje, ter escravo, é algo inconcebível.
Deus não quis nos criar como algo feito e acabado, Deus não nos criou como marionetes, como fantoches. Ele quis nos criar alguém semelhante à Ele! E para isto nos dotou do livre-arbítrio – esse poder que permite ao homem praticar o bem ou o mal, o que é certo e o que é errado. Porém, Ele, Deus, também nos capacitou para dominarmos esse poder e sermos, por vontade própria, obedientes à Ele, pela conscientização do se que somos. Não mais obedientes pelo temor ignorante, mas pelo reconhecimento da Sua majestade, Sua bondade e do Seu infinito amor.
Muitos de nós já fizemos esses mesmos questionamentos de Epicuro (muitos ainda o fazem até hoje). Porém, a resposta convincente não chegará enquanto você não se auto encontrar, enquanto você não se realizar espiritualmente. Porque a resposta não virá mediante uma busca exterior, nos livros, ou nos cultos, por exemplo, se essa busca não estiver comprometida com um coração sincero e cheio de amor. Você precisa se entregar de corpo e alma nessa busca, com simplicidade, com humildade, e, principalmente, amando e respeitando a Deus e ao seu próximo! Seguir as palavras do Cristo é a fórmula segura para se alcançar a perfeição, como Ele mesmo nos conclama “Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês” (Mateus 5:48).
João Batista Soares de Lima – Ex Secretario de Tributação do RN e componente da Arca da Aliança – Movimento Cristão
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