Mesmo às lideranças médicas mais experimentadas, muitas vezes choca a agressividade do bombardeio diário que se estampa em jornais e tvs contra a categoria médica. A tentativa infame de jogar toda uma categoria como culpada da tragédia em que se transformou a saúde pública brasileira, incapaz de cumprir adequadamente seu papel, seja no atendimento primário, especializado ou emergencial, é uma coisa criminosa. Não há um dia onde, sem se dar ouvido ou oportunidade de defesa, médicos não sejam entregues à ira da população, em análises ferinas e mal intencionadas. Fenômeno similar foi observado na desconstrução cruel da imagem dos políticos, da polícia e até da igreja.
Coisa igual veio de planos coordenados e bem definidos de destruição de instituições e categorias antes admiradas e queridas pelo povo, para que pudesse prevalecer o Estado Totalitário como senhor absoluto de cujas mãos dependeria para tudo a população. Destruir então a categoria médicas com as denúncias mais torpes, responsabilizando-a por toda crise na saúde pública, não coincidentemente um projeto em curso em todos os países dessa triste ideologia bolivariana na América Latina, é a tentativa de alijar o médico, por culto, independente, querido e respeitado, para que o projeto de poder do Estado sem competidores se fortaleça.
Não nos enganemos, então, o ataque aos médicos tem objetivo, é forte e não dá sinais de que vá diminuir. Cabe ao movimento sindical e às demais entidades médicas a união, a vigilância continuada e a defesa da categoria contra a tentativa de criminalizar absurdamente, sem apelação ou defesa, o médico, por erros e falências da gestão e do Sistema de saúde.
Dr. Geraldo Ferreira – Pres. SinmedRN
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