E O TEMPO PASSOU –
Corre à boca pequena que a instituição do casamento está entrando em colapso, dando seus últimos suspiros. Fato ou realidade, o que eu vejo à minha volta são situações que comprovam apenas que os humanos estão deixando o bom senso e a sensatez de lado na hora de escolher um parceiro ou parceira. A impressão é que o instinto tem falado mais alto que a razão, o invólucro vale mais que o conteúdo. Por quê? Uma criatura bela é, com certeza, atrativa, mas nem sempre podemos levar para o jantar o que comemos no café da manhã.
A sabedoria popular se confirma, mais uma vez, quando afirma que “beleza não põe mesa”. Num mundo povoado de modelos (impossíveis de copiar), jogadores de futebol e ícones de fama relâmpago, todos possuidores de “ininvejável” acervo cultural e vocabulário minguado. Os poetas, gentlemen e damas, as pessoas de Q.I. normal e pensamento lapidado estão sendo preteridas. Neste estágio social, não haveria lugar para pessoas do calibre de Vinícius ou Drummond, cujas maiores qualidades não eram a beleza física, mas a intelectual. As uniões são instáveis. Depois de apagado o “fogo da paixão”, não há afinidades. Os laços são frouxos. Os pilares do relacionamento não possuem fixação, ninguém se apega e tudo é transitório. Infelizmente, às vezes criam-se consequências duradouras, como filhos, que crescem neste mesmo padrão viciado de escolhas e perpetuam a mais uma geração os fátuos ensinamentos.
Para romper este ciclo, não podemos esperar consciência das próximas gerações. Devemos mudar de imediato. Conhecer, difundir e exigir cultura e sabedoria de hoje em diante. Ignorar e romper pseudopadrões de escolha e aceitação. Compreender beleza como arte e natureza. Os padrões estéticos não são capazes de manter vivo o interesse, a beleza humana esgota após um par de décadas. A poesia, a arte e a cultura são eternas e servirão como temas para conversas após meio século de união, quando os cabelos e dentes não serão tantos, nem tão brilhantes, a pele não terá viço, os olhos não enxergarão a beleza inexistente e a memória não será forte o suficiente para recordá-la.
Ana Luiza Rabelo – Advogada (rabelospencer@ymail.com)
DÓLAR COMERCIAL: R$ 5,2970 DÓLAR TURISMO: R$ 5,5030 EURO: R$ 6,1830 LIBRA: R$ 7,0830 PESO…
O Rodoanel foi liberado após um acidente envolvendo cinco carretas na manhã desta quinta-feira (4) provocar o bloqueio…
A prova discursiva da segunda edição do Concurso Nacional Unificado, aplicada neste domingo (7), é uma…
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil variou 0,1% no terceiro trimestre de 2025, informou o…
Pacientes da Maternidade Escola Januário Cicco, ligada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte,…
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu, nesta quinta-feira (4), a 6ª plenária…
This website uses cookies.